São Sebastião vai ganhar novo campo sintético no Parque do Bosque
12 de maio de 2022Espaço terá 6 mil m² de extensão, arquibancada para 200 pessoas e dispositivos para evitar depredação da mata local. Investimento será de R$ 1,96 milhão
Um novo equipamento de lazer e desporto será construído em São Sebastião. É o Campo Sintético do Bosque, que deve ser instalado no Parque Distrital da região administrativa, popularmente conhecido como Parque do Bosque. A obra vai receber investimento de R$ 1,96 milhão por meio do crédito especial à Lei Orçamentária Anual, aprovado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, nesta terça-feira (10).
A licitação deve ser lançada em julho e a previsão é que o campo fique pronto ainda neste ano. Atualmente, a administração de São Sebastião está realizando ajustes técnicos no projeto, solicitados pelo Instituto Brasília Ambiental. O órgão é o responsável por todos os parques distritais do Distrito Federal e, por isso, acompanha todo o projeto desenhado pela área técnica da administração regional.
“Quando a população ocupa os espaços, a criminalidade diminui, novos projetos sociais nascem, as crianças saem das ruas. É a porta de entrada para diversas melhorias”Ataliba Rodrigues, administrador de São Sebastião
O campo terá 6 mil metros quadrados de extensão, grama sintética e equipamentos para a melhor experiência dos usuários. Haverá seis módulos de arquibancada, com capacidade para cerca de 200 pessoas; entradas oficiais, com rampas e corrimãos; jogo de rede e refletores para a iluminação diurna e noturna.
“Quando a população ocupa os espaços, a criminalidade diminui, novos projetos sociais nascem, as crianças saem das ruas. É a porta de entrada para diversas melhorias”, ressalta o engenheiro civil e administrador de São Sebastião, Ataliba Rodrigues.
O projeto também visa evitar qualquer depredação da mata do parque distrital, exigência do Brasília Ambiental. Por isso, os alambrados serão reforçados e maiores do que o convencional, para que tenham maior durabilidade e para evitar que as bolas de futebol saiam do campo, o que poderia danificar a vegetação local.
Também será criado um sistema de drenagem. “A água da chuva irá direto para a rede da Novacap [Companhia Urbanizadora da Nova Capital], impedindo que a poluição caia na natureza”, explica Rodrigues. Em cima da parte de drenagem, será construído um novo calçamento, com mais espaço para a movimentação das pessoas, e lixeiras.
Serão beneficiados mais de 5.800 atletas amadores de futebol em São Sebastião, incluindo as escolinhas do esporte e os times oficiais da primeira divisão
Além disso, já existe o plano de manutenção do campo a curto, médio e longo prazo. “Temos buscado obras que tenham mais durabilidade, então rastreamos os ajustes que, provavelmente, serão necessários de modo mensal, trimestral, semestral e anual. Daqui a um ano, por exemplo, haverá a pintura e o conserto das áreas depredadas, se for o caso. Estamos pensando no bem da população no futuro”, diz Ataliba.
A demanda do espaço de lazer e desporto surgiu em 2019 em uma reunião entre a administração da cidade e a população. Serão beneficiados mais de 5.800 atletas amadores de futebol em São Sebastião, incluindo as escolinhas do esporte e os times oficiais da primeira divisão.
A artesã Oxana Carvalho, de 51 anos, é uma frequentadora assídua do Parque Distrital de São Sebastião e vê com bons olhos a criação de mais um equipamento de lazer. Ela considera que vai melhorar a experiência dos moradores, principalmente das crianças e adolescentes, mas faz o alerta para a limpeza do local.
“Não tem conservação dos moradores. Muitas pessoas jogam lixo no chão, não catam os cocôs dos cachorros. Temos que preservar o que é nosso, ainda mais um lugar tão bom como esse”, diz Oxana, que caminha pelo parque durante a manhã, de segunda a sexta-feira.
Parque Distrital
O Parque de São Sebastião foi criado em 1994 e categorizado como distrital em 2019. São 177.730 metros quadrados de área de preservação ecológica e de convivência social. A vegetação do espaço preservado é a mata mesofítica ou mata seca, considerada rara no Distrito Federal, com espécies do cerrado como aroeira, amburana, chichá e carvoeiro. O espaço foi revitalizado em 2021 com a construção de calçadas, reforma da quadra poliesportiva e instalação de equipamentos de ginástica.