Amazonas

Senadores cobram empenho nas investigações sobre assassinatos no Amazonas

1 de julho de 2022

Além de se reunir com representantes dos povos indígenas, os senadores estiveram com representantes da força tarefa que investiga os assassinatos e de outros órgãos federais envolvidos

Fonte: Agência Senado

Comissão Temporária sobre a Criminalidade na Região Norte (CTENORTE) formada por parlamentares e representantes de órgãos federais desembarcou em Atalaia do Norte nesta quinta-feira (30), e se reuniu com lideranças da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).  Participam: senadora Leila Barros (PDT-DF);  senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP); deputado José Ricardo (PT-AM); senador Fabiano Contarato (PT-ES); servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai), Guilherme Martins; deputada Vivi Reis (PSOL-PA);  deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP);  deputado João Daniel (PT-SE);  senador Eduardo Velloso (União-AC).  Foto: Roberto Stuckert Filho/Gab. Senador Humberto Costa

 

 Comissão Temporária sobre a Criminalidade na Região Norte, criada para investigar as mortes do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo, fez, nesta quinta-feira (30), diligências no estado do Amazonas. Além de se reunir com representantes dos povos indígenas, os senadores estiveram com representantes da força tarefa que investiga o caso e de outros órgãos federais envolvidos. A intenção é esclarecer não só quem matou Bruno e Dom, mas também o motivo do crime.

— Por que uma base da Polícia Federal nas proximidades foi desarticulada? Quem está acompanhando e investigando este caso? Por que o trabalho da Funai foi desarticulado? Queremos obter a resposta não somente sobre quem matou Dom e Bruno.  É preciso saber as causas pelas quais Dom e Bruno vieram a ser assassinados — disse o presidente da Comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Os parlamentares se reuniram com representantes dos povos indígenas na sede da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari. Foram deles grande parte dos esforços nas buscas pelo indigenista e pelo jornalista desde o desaparecimento no dia 5 de junho.

— A expectativa que nós temos é de ouvir muito e acompanhar essas investigações. Nós sabemos que em todo crime é necessário que o poder público atue de forma rápida. A justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta. É necessário que o poder público estatal seja atuante, presente, coletando essas provas de natureza objetiva e subjetiva — disse o senador Fabiano Contarato (PT-ES) antes da reunião.

Contarato, que é vice-presidente do colegiado, atuou na viagem como relator ad-hoc (para o ato específico), em substituição ao relator da Comissão, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), que apresentou sintomas de covid-19. Para Contarato, é preciso esclarecer se houve um mandante para o crime e responsabilizar todos os culpados.

Na parte da tarde, os senadores voltaram a Tabatinga para reunião com a força tarefa, que inclui Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Defesa Civil, Exército e Marinha. Também participaram da reunião representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

— Viemos com a vontade de  falar com os povos indígenas, com todos os interessados, mas acima de tudo de tudo ouvir. Ouvir os povos originários, ouvir a Funai, ouvir todos que estão hoje nessa realidade aqui da região, que é preocupante — disse a senadora Leila Barros (PDT-DF).

Também participaram das diligências o senador Eduardo Velloso (União-AC) e os deputados federais José Ricardo (PT-AM), presidente da Comissão externa da Câmara que acompanha o caso; Joenia Wapichana (Rede-RR), vice-presidente da Comissão; Vivi Reis (Psol-PA), relatora do colegiado; João Daniel (PT-SE); Rodrigo Agostinho (PSB-SP) e Erika Kokay (PT-DF).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado