Por que o aeroporto de Brasília acaba de contratar um gavião e um cachorro?
14 de setembro de 2022Zeca tem apenas 4 anos e já ganhou um crachá para trabalhar no Aeroporto de Brasília – após um tempo de treinamento, sua função é garantir a segurança das operações aéreas no aeroporto. Mas quem é Zeca, afinal? É um cachorro da raça Border Collie que, junto do gavião-asa-de-telha Tupã, são os novos integrantes… Ver artigo
Zeca tem apenas 4 anos e já ganhou um crachá para trabalhar no Aeroporto de Brasília – após um tempo de treinamento, sua função é garantir a segurança das operações aéreas no aeroporto. Mas quem é Zeca, afinal? É um cachorro da raça Border Collie que, junto do gavião-asa-de-telha Tupã, são os novos integrantes da Equipe de Fauna da Inframerica, que administra o terminal de Brasília.
Não é sempre que vemos funcionários ‘animais’ em ação, não é mesmo? E o ‘fofurômetro’ explode quando Zeca começa o seu trabalho – ainda mais com seu crachá de trabalhador com permissão para acessar o pátio das aeronaves, uma área restrita para muita gente no aeroporto.
Zeca e Tupã, de 9 anos, têm um trabalho importante no Aeroporto de Brasília, para garantir a segurança dos aviões e, consequentemente, dos pilotos, comissários e passageiros: eles vão ajudar a equipe humana a afugentar pássaros e outros animais que invadem as pistas e que por ventura acabam atrapalhando pousos e decolagens.
Fase de treinamentos
Antes de serem efetivados no trabalho, Zeca e Tupã foram treinados para poderem exercer suas funções da melhor maneira. A raça Border Collie, por exemplo, não foi escolhida ao acaso – é uma raça que aprende fácil alguns comandos mais complexos e é bastante obediente.
Os testes com Zeca começaram com as pistas fechadas, para depois avançar nas margens das pistas de pousos e decolagens – vale dizer que ele não acessa a área de movimentação e está sempre acompanhado de um condutor.
Assim como Zeca, o gavião também passou por uma fase de treinamentos. “O Tupã foi treinado e exercitado para a tarefa. Trabalho para que ele esteja no peso ideal para apenas afugentar as aves, não capturar”, afirmou Anelize Scavassa, líder da Equipe de Fauna do Aeroporto de Brasília.
“Os dois serão de grande ajuda no nosso trabalho no aeroporto. A escolha do uso de dois predadores para o afugentamento das aves é muito promissora. As aves, com o tempo, se acostumam a ações corriqueiras de afugentamento tradicionais como viatura, buzina, sirenes, etc. Já os predadores naturais causam medo inato nas aves, que não se acostumam com a presença dos animais e começam a evitá-lo pelo risco aparente de predação.”
Caso algum animal que entre no terminal seja capturado pela equipe, eles são depois soltos na natureza, em uma área distante do aeroporto. Como podemos ver, o trabalho de toda a equipe de Brasília, incluindo agora Zeca e Tupã, é fundamental para garantir a segurança dos voos!