Folha do Meio Ambiente

Fortaleza (27/10/2022) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) devolveu à natureza 10 macacos-prego, espécie que está entre as mais traficadas na região Nordeste do país. A ação de soltura foi realizada em outubro pelos Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto no Ceará (CE) e no Rio Grande do Norte (RN).

Antes de devolvidos ao habitat, os bichos passaram por exames clínico-sanitários e foram reabilitados, num trabalho desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Instituto Pró-Silvestre, que acompanharam a soltura.

Os animais foram liberados em área registrada e apropriada no estado do Ceará. O monitoramento após a soltura está sendo realizado por pesquisadores das instituições envolvidas, com o uso de câmeras trap e busca ativa na área, o que deverá continuar por no mínimo três meses.

Mensalmente, um grande número de macacos-prego são recebidos nos Cetas como resultado de apreensões ou mesmo pela entrega voluntária de criadores domésticos. O Instituto realiza a soltura de animais aptos também como forma de evitar a superlotação em centros de resgate e zoológicos.

Macacos-prego

Na natureza, os macacos-prego alimentam-se principalmente de frutos e invertebrados, mas vertebrados, folhas e flores podem ser incluídos em sua dieta. Em áreas com ocorrência de palmeiras, a espécie faz uso de pedras para quebrar os cocos, comportamento que lhe deu fama na ciência internacional.

Esses primatas formam grupos de 10 até mais de 50 indivíduos, com muitos machos e fêmeas, essas últimas preferindo os machos dominantes para o acasalamento. A reprodução é de um filhote a cada dois anos. O animal chega a viver 25 anos em ambiente natural.

Assessoria de Comunicação do Ibama