LIXO

LIXO ORGÂNICO, RECICLÁVEL, REJEITO E TÓXICO

1 de outubro de 2022

Aprenda a separar o que é orgânico, reciclável e rejeito

O lixo orgânico equivale a grande parte dos resíduos produzidos no Brasil, apresentando um grande potencial de reaproveitamento, mas que nem sempre é explorado. Dados da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais mostram que, anualmente, o país produz cerca de 38 milhões de toneladas desse tipo de lixo. No entanto, apenas 1% desses resíduos é reaproveitado. Para mudar esse cenário, existem algumas estratégias que podem auxiliar na atuação de cooperativas de reciclagem e de coleta de lixo, contribuindo para um dia a dia mais sustentável e que promova a preservação do meio ambiente.

A separação do que é orgânico, reciclável e rejeito é de grande importância, principalmente para o meio ambiente. Os resíduos orgânicos têm um importante papel nos ciclos de nutrientes e destiná-los para aterros sanitários não só é um desperdício econômico como está em desacordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), que prevê que somente rejeitos devem seguir para disposição final. Para resgatar a função natural dos resíduos orgânicos de fertilizar os solos, um outro tipo de separação dos resíduos pode ser adotado. Considerando a realidade atual dos centros de triagem de associações e cooperativas de catadores, pode-se proceder à separação em três frações: recicláveis secos, orgânicos e rejeitos.

A separação dos resíduos em três frações é um modelo que atende bem às necessidades atuais de destinação de resíduos.

Primeiro – porque valoriza os resíduos orgânicos, facilitando o processo de compostagem e garantindo a qualidade do adubo final.

Segundo – porque diminui a contaminação dos resíduos recicláveis secos (papel, plástico, vidro, metal entre outros, geralmente encaminhados para centrais de triagem de resíduos. Nessas centrais de triagem, catadores separam cada tipo de resíduo que pode ser encaminhado para as indústrias de reciclagem. Quanto menos resíduo orgânico chegar nas centrais de triagem, mais fácil e higiênico será a separação dos resíduos secos e melhores serão as condições de trabalho dos catadores).

Terceiro – porque a separação em três frações permite enviar ao aterro apenas o que realmente não pode ser aproveitado, ou seja, o rejeito.

Em conclusão, separar os resíduos orgânicos, além de trazer vantagens econômicas, torna mais fácil e seguro transformar esta fração em adubo orgânico, condicionador de solos, húmus, fertilizante, composto orgânico, entre outras denominações.

ORGÂNICO, RECICLÁVEL E REJEITO

RESÍDUOS ORGÂNICOS 

– Aparas de madeira, palha e folhas;

– Restos de frutas, raízes, legumes e verduras;

– Esterco de animais e outros resíduos;

– Resto de comida, incluindo pão, ossos e cascas de ovos.

RESÍDUO RECICLÁVEL

– Papal, revista, jornal, papelão e caixas de papel;

– Brinquedos e embalagens tetrapac;

– Garrafas PET, embalagens e objetos plásticos;

– Isopor;

– Ferro, alumínio, cobre e outros metais;

– Vidros;

– Latas e outras embalagens de metais.

REJEITO

– Espuma;

– Fotografia, papel carbono;

– Papéis engordurados, fraldas e bitucas de cigarro;

– Espelho, louças e embalagens metalizadas.

LIXO ELETRÔNICO E TÓXICO

O descarte desses itens abaixo necessita de cuidados especiais para evitar danos ao meio ambiente. Por isso esses resíduos têm sistemas de logísticas reversa e seu descarte deve ser feito em pontos de entrega específicos. Informe-se junto ao seu município sobre os pontos de entrega para cada um desses resíduos.

Pilhas, bateria, lâmpadas fluorescentes, eletroeletrônicos, pneus, óleo de cozinha, remédios e suas embalagens, agrotóxicos e outros elementos tóxicos.