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Programa de fauna exigido pelo Ibama auxilia na conservação de espécies ameaçadas

17 de outubro de 2022

Dados coletados apontam a ocorrência de 32 espécies de mamíferos de médio e grande porte dentro da APP

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– Fotos: Ibama

 

Brasília (05/10/2022) – O Programa de Monitoramento de Mamíferos exigido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no licenciamento ambiental da Usina Hidroelétrica (UHE) Serra do Facão, na divisa de Minas Gerais e Goiás, apontou a existência de 32 espécies de médio e grande porte na Área de Preservação Permanente (APP) mantida pelo empreendimento. Dez dessas espécies estão classificadas como ameaçadas de extinção.

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Uma série de medidas vem sendo adotada para contribuir com a regeneração e a manutenção dos fragmentos florestais contidos na APP, que possui cerca de 12 mil hectares. Tais iniciativas têm criado condições favoráveis à permanência de espécies da fauna nativa da região.

Ações como o cercamento da área de preservação dificultam a entrada de animais domésticos ou de criação e, ainda, o avanço de construções paralelas ao lago da represa. Uma outra medida importante para o sucesso da conservação da fauna e da flora no entorno da UHE foi o Programa de Educação Ambiental – que trabalha, por meio de ações como reuniões e oficinas, a conscientização da população da área de influência da usina sobre a importância da preservação da biodiversidade e do ecossistema.

A coleta de dados teve início antes da supressão de vegetação para implantação da UHE e seguiu até as fases de enchimento do reservatório e de recomposição da APP. Os dados facilitaram a compreensão das condições dos animais na área protegida.

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As espécies veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus); lobo-guará (Chrysocyon brachyurus); raposa-do-campo (Lycalopex vetulus); gato-mourisco (Herpailurus yagouaroundi); gato-do-mato-do-sul (Leopardus tigrinus); gato-maracajá (Leopardus wiedii); onça-parda (Puma concolor); anta (Tapirus terrestris); tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e tatu-canastra (Priodontes maximus) – classificadas como ameaçadas – representam 31,25% do total das espécies registradas na área de estudo. As amostragens – feitas nos pontos escolhidos para coletas de dados – evidenciam a importância dos fragmentos florestais adquiridos no entorno do empreendimento para conservação de fauna.

Diretoria de Licenciamento Ambiental
Assessoria de Comunicação do Ibama

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