Planeta Campo

Fórum Planeta Campo: RTRS participa da segunda edição de evento realizado pelo Canal Rural

29 de dezembro de 2022

Iniciativa discute desafios da agropecuária do futuro e modelos produtivos sustentáveis no Brasil e no mundo

2º Fórum Planeta Campo discute desafios da agropecuária do futuro

 

 

A RTRS (Round Table on Responsible Soy Association) participou da segunda edição do Planeta Campo, evento focado em divulgar ações que preparem os produtores para os desafios da produtividade do futuro de uma maneira sustentável e economicamente viável.

O Fórum tem por objetivo divulgar ações que privilegiem a produtividade e conservação do meio ambiente, contribuindo para o desenvolvimento de modelos produtivos sustentáveis. O encontro ocorreu no dia 8 de novembro e foi transmitido ao vivo pelo Canal Rural na TV, site e em redes sociais e contou com a participação de diversos especialistas, líderes do setor e autoridades, incluindo o representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Rafael Zavala, e representantes do governo eleito, como o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Na ocasião, os participantes puderam discutir pautas como o legado da COP27, segurança alimentar e sustentabilidade, economia verde, rastreabilidade, mercado de carbono e inovação, além da apresentação de produtores rurais, da iniciativa privada e do setor público que demonstram o protagonismo e as soluções da produção nacional com foco em sustentabilidade, governança e desenvolvimento social.

O futuro da Rastreabilidade

Durante o evento, a RTRS participou do painel de Rastreabilidade, sendo representada por sua vice-presidente, Gisela Introvini. A Associação pôde contribuir com o debate sobre o cenário do mercado mundial, que caminha para impor barreiras comerciais a produtos produzidos em áreas desmatadas. Durante a sessão, os participantes puderam discutir os desafios para a rastreabilidade da produção agrícola no Brasil. Além da RTRS, também participaram da discussão Liège Correia, diretora de sustentabilidade da Friboi, Tirso Meirelles, presidente do Sebrae e vice-presidente da FAESP/SENAR-SP, Ivo Martins, gerente sênior de relações governamentais da AllFlex Brasil, e Luiza Bruscato, diretora executiva do GTPS – Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável.

Responsabilidade socioambiental

Os presentes comentaram sobre o objetivo principal da rastreabilidade: atingir o controle e garantia sanitária. No entanto, o mercado tem exigido mais: a rastreabilidade socioambiental.

Pelo fato de o Brasil ser um dos grandes produtores mundiais da agropecuária, o país tem se tornando foco de atenção da comunidade internacional em questões ligadas ao meio ambiente. Nesse sentido, a rastreabilidade é uma importante aliada para comprovar que a produção de determinados grãos ou proteína animal acontece em áreas regulares e de acordo com protocolos socioambientais. Embora o assunto venha sendo discutido há muitos anos, o tema ganhou força nos últimos anos e engajou a sociedade civil.

Caso de sucesso: RTRS – Os caminhos da rastreabilidade

Gisela Introvini, Vice-Presidente Round Table Responsible Soy, apresentou aos presentes as ações realizadas ao longo dos últimos anos para incentivar a agricultura sustentável de soja na região do Matopi (que inclui partes dos estados do Maranhão, Tocantins e Piauí).

A RTRS, ao lado de outros atores como a Embrapa, se uniu em um conjunto de ações em prol do desenvolvimento sustentável, como eventos e projetos, atuando em diversas cidades desses três estados, trazendo reconhecimento ao mercado internacional. Entre 2000 e 2012, as instituições assumiram a missão de promover o Desenvolvimento Sustentável e espalhar a soja nessa região, considerado por muitos como pobre e improdutiva.

Já entre 2011 e 2022, iniciou-se um novo processo dessas atividades rurais com destaque para as certificações. “Nessas regiões a certificação entrou com uma grande ferramenta, nós não tínhamos defesa sanitária e os riscos agropecuários eram imensos, então nós precisávamos de foco”, explicou Introvini.

Focando em segurança alimentar, mudanças climáticas, novas exigências de mercado, valorização de produtos cerrados e inclusão de pessoas, exaltando a natureza local e os trabalhadores dessas regiões, resultando na interação com as pessoas dessas regiões, incluindo empregos e renda.  Introvini lembra que “É uma adesão voluntaria desse produtor, nunca obrigamos nenhum produtor a certificar”. Dessa forma, com a procura do produtor, a certificação auxiliou na minimização de eventuais riscos agropecuários, como multas ambientais e trabalhistas e grandes diferenças sociais, ocasionado pelo desalinhamento entre o avanço do agronegócio e o povo nativo ao redor. “Desde então, tivemos o maior volume de soja produzida pelo estado do Maranhão certificada a nível mundial, seguida pelo Piauí”, assinala a Vice-Presidente Round Table Responsible Soy.

“Nós somos um grande celeiro sustentável e temos como provar isso”, afirmou Introvini ao lembrar que a RTRS foi responsável pela visita de várias caravanas, inclusive das principais ONGs e teve a oportunidade de apresentar as soluções que vêm sendo construídas nos últimos anos e da importância da união de receber e apresentar no exterior a realidade do homem do campo brasileiro para o mercado.

Sobre a RTRS – Round Table on Responsible Soy Association

Fundada em 2006, Round Table on Responsible Soy Association – Associação de Soja Responsável (RTRS) é uma organização global multisetorial pioneira formada pelos principais representantes da cadeia de valor da soja, como produtores, indústria, comércio, finanças e a sociedade civil. Os atores dessas diferentes áreas se reúnem em torno de um objetivo comum, garantindo o diálogo e a tomada de decisão por consenso. A missão da RTRS é promover o crescimento da produção, o comércio, e o uso da soja responsável através da cooperação com os atores na cadeia de valor da soja e à respeito da produção, ao consumo em um diálogo aberto com os participantes da cadeia de valor da soja, incluindo produtores, fornecedores, fabricantes, varejistas, instituições financeiras, organizações da sociedade civil e outros atores relevantes. A RTRS também define os padrões para soja responsável e cadeia de custódia. Particularmente, o esquema do Padrão RTRS para Produção Responsável de Soja garante que a soja RTRS não apenas atenda aos mais altos critérios ambientais (incluindo uma garantia de desmatamento zero verificado por terceiros e conversão zero), mas também um amplo conjunto de requisitos sociais e trabalhistas. Baseia-se em cinco princípios: Conformidade Legal e Boas Práticas de Negócios; Condições de Trabalho Responsáveis; Relações Responsáveis com a Comunidade; Responsabilidade Ambiental e Boas Práticas Agrícolas. É hoje o sistema mais confiável e avançado do mercado de soja brasileiro para alcançar a sustentabilidade. Atualmente, a RTRS conta com mais de 170 membros dos países do mundo inteiro. Os princípios e critérios da RTRS são considerados um padrão multipartes que garante o Desmatamento Zero na produção de soja responsável

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