Amazônia

Desmatamento na Amazônia aumenta em 2021, com recorde em março

11 de abril de 2023

Dados do INPE indicam alerta para 356 km² em março e Amazonas liderando a destruição

Da redação

Desmatamento da Amazônia aumenta 14% em março - Diário do Poder

O desmatamento na Amazônia tem sido um problema crônico há décadas e continua sendo um dos desafios mais urgentes para a conservação da biodiversidade e o equilíbrio climático do planeta. Infelizmente, os dados mais recentes indicam que a situação está longe de melhorar.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que monitora o desmatamento da Amazônia por meio de imagens de satélite, a taxa de desmatamento na região aumentou em 2021, depois de dois anos consecutivos de queda. Entre agosto de 2020 e julho de 2021, foram destruídos cerca de 10.476 km² de floresta, um aumento de 17% em relação ao mesmo período anterior.

Os dados também mostram que o estado do Pará foi o que mais contribuiu para o desmatamento, com 38% do total, seguido pelo Mato Grosso, com 24%, e Amazonas, com 13%. Além disso, a maioria do desmatamento (66%) ocorreu em áreas privadas ou sob posse de pessoas físicas, enquanto 34% ocorreu em unidades de conservação e terras indígenas.

O desmatamento tem várias causas, incluindo a expansão da agropecuária e da mineração, o crescimento urbano e a construção de infraestrutura, como estradas e barragens. Além disso, a impunidade dos criminosos ambientais e a falta de investimentos em fiscalização e proteção da floresta contribuem para a continuidade do desmatamento.

Os impactos do desmatamento na Amazônia são graves e afetam não só a biodiversidade da região, mas também o clima global e as comunidades locais, que dependem da floresta para sua subsistência e cultura. A perda de habitat também pode levar à extinção de espécies animais e vegetais, além de causar a liberação de grandes quantidades de dióxido de carbono na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global.

Portanto, é fundamental que medidas efetivas sejam tomadas para reduzir o desmatamento na Amazônia e proteger essa importante região. Isso inclui ações de fiscalização, monitoramento, incentivos econômicos para a conservação e o desenvolvimento sustentável, além de maior conscientização pública sobre a importância da preservação da floresta.

Complementando os dados apresentados anteriormente, em março de 2022, a Amazônia Legal teve 356 km² sob alerta de desmatamento, de acordo com o INPE. O estado do Amazonas liderou a área sob desmate, com 127 km². É importante destacar que em março de 2021, a Amazônia Legal bateu um recorde preocupante, quando 368 km² ficaram sob alerta de desmatamento, indicando que a tendência é de aumento da destruição da floresta. Esses dados reforçam a urgência de medidas efetivas para frear o desmatamento e proteger a Amazônia, não só pela importância para o meio ambiente, mas também para as comunidades locais que dependem da floresta para sobreviver.