Folha do Meio Ambiente

OInstituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) já começou a prevenção de incêndios florestais nas unidades de conservação. Uma das técnicas usadas pelos brigadistas é a queima prescrita, que está inserida no contexto do Manejo Integrado do Fogo (MIF), que é adotada há uma década pelo ICMBio.

Para aumentar a eficiência das queimas, o ICMBio emprega helicópteros visando realizar a prevenção em regiões de difícil acesso e otimizar os trabalhos dos brigadistas, que gastam menos tempo no deslocamento e na ação propriamente dita.

A queima prescrita é uma técnica controlada e planejada para reduzir o combustível acumulado em áreas vulneráveis para conter o risco de incêndios. A ação está dentro dos padrões de segurança e faz parte do Plano de Manejo Integrado do Fogo (PMIF) dos Parques. O método faz a utilização controlada do fogo com baixa intensidade e severidade, realizado para fins de conservação. Uma das principais diferenças visíveis da queima prescrita para o incêndio é que a primeira costuma ter fumaça em tons claros de cinza; já incêndios florestais costumam emitir fumaças em cores mais escuras. Além disso, é visível que na queima prescrita as árvores maiores são preservadas, enquanto que nos incêndios, a tendência é que nenhuma vegetação seja poupada, haja vista que o fogo não é controlado.

Desde 2022 o ICMBio utiliza helicópteros para atividades de prevenção de incêndios em diversos estados. No Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (MT) a temporada de queimas prescritas iniciou na última semana e as próximas devem ocorrer à medida que as condições de tempo permitirem, em áreas pré-determinadas. Cada unidade de conservação possui sua “janela de queima”, que busca alinhar a época onde o fogo é natural no Cerrado. Até agora, foram queimados mil hectares.

O manejo no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO) teve avanço entre os dias 23 e 30 de abril e ultrapassa os 8 mil hectares de área queimada de forma prescrita. Nas últimas ações, a utilização do helicóptero e de uma aeronave permitiram que mais áreas fossem queimadas de modo mais eficiente. A aeronave permitiu deslocar a equipe para múltiplas queimas prescritas no território e o helicóptero, acessar áreas remotas.

Neste ano, os helicópteros foram usados nos Parques Nacionais das Sempre-Vivas (MG), Serra da Canastra (MG), Chapada dos Veadeiros (GO) e neste momento opera na Chapada dos Guimarães (MT). A previsão é de que o helicóptero ajude os brigadistas da Estação Ecológica da Serra das Araras (MT), Parque Nacional do Araguaia (TO) e Reserva Biológica do Guaporé (RO).

Comunicação ICMBio

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