Meio Ambiente

Artigo de coautoria do CENAP é publicado na Revista Science

29 de junho de 2023

Estudo apresenta uma análise de dados da movimentação de 43 espécies animais ao redor do mundo

ICMBio

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– Foto: Rogério Cunha de Paula – CENAP/ICMBio

Um artigo realizado em coautoria pelo analista ambiental do ICMBio, Rogério Cunha de Paula, foi publicado na segunda edição do mês de junho da revista Science, uma das revistas acadêmicas mais prestigiadas do mundo. Na publicação, a pesquisa foi o destaque da capa e analisa como as alterações nas atividades humanas afetam o comportamento animal.

O texto “Behavioral responses of terrestrial mammals to COVID-19 lockdowns” apresenta uma análise de dados da movimentação de animais de 43 espécies ao redor do mundo durante os primeiros meses da pandemia de COVID-19, em 2020. A coordenação da pesquisa ficou a cargo de pesquisadores da Universidade de Radboud, na Holanda, e do Instituto Smithsonian de Biologia da Conservação, nos Estados Unidos.

 

Capa da Revista Science

 

A participação do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP/ICMBio) está relacionada ao monitoramento de lobos-guarás, por meio de pesquisa realizada em parceria com o Instituto Pró-Carnívoros, desde 2018, no interior de São Paulo. Com os dados, foi possível perceber uma maior aproximação dos lobos-guarás com as estradas da região, já que a movimentação de automóveis e pessoas diminuiu durante a crise do coronavírus.

Resultados

O estudo de escala mundial permite realizar uma série de análises sobre o comportamento animal e de que forma as atividades humanas limitam os bichos. “Em locais com políticas rígidas de lockdown, os animais percorreram distâncias maiores. Em áreas altamente povoadas, os mamíferos se movimentaram com menos frequência e estavam mais próximos de estradas do que antes da pandemia”, explica Rogério.

A pesquisa demonstra que em países com medidas mais restritivas de atividades humanas, os animais percorreram distâncias até 73% maiores do que no ano anterior, pré-pandemia. Os dados mostram que a fauna responde de forma rápida às alterações humanas do ambiente. “Isso indica que estratégias de conservação direcionadas às mudanças nas atividades de uso e ocupação do solo, expansão urbana, entre outras, podem ser ajustadas para que assim menos impactos antrópicos afetem a fauna em ambientes sob domínio do ser humano”, finaliza Rogério.

Acesse aquipara ler a publicação na íntegra.

 

Comunicação ICMBio

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