Folha do Meio Ambiente

A bovinocultura desempenha um papel significativo na economia global e na segurança alimentar, mas também é responsável por uma parcela considerável das emissões de gases de efeito estufa. Para mitigar os impactos ambientais e promover a sustentabilidade nesse setor, muitas empresas estão investindo em práticas e tecnologias que visam reduzir as emissões de carbono. Um exemplo é uma empresa localizada no Oeste da Bahia, que tem como meta zerar a emissão de carbono até 2030.

Essa empresa específica produz cerca de 40 mil toneladas de esterco por ano, o que representa uma fonte significativa de emissões de metano, um potente gás de efeito estufa. Para alcançar sua meta ambiciosa, a empresa está adotando diversas estratégias e investindo em tecnologias inovadoras.

Uma das medidas adotadas é a implementação de sistemas de manejo de resíduos sólidos e líquidos. O esterco produzido pelos animais é coletado e tratado de forma adequada, visando a redução das emissões de metano e o aproveitamento dos resíduos como fertilizante orgânico. Além disso, a empresa está investindo em tecnologias de biodigestão, que permitem a geração de biogás a partir do esterco, reduzindo ainda mais as emissões e gerando energia renovável.

Outra estratégia adotada pela empresa é o manejo sustentável das pastagens. Através de práticas de rotação de pastagens e adubação adequada, é possível melhorar a eficiência na utilização dos recursos naturais, reduzir o desmatamento e a degradação do solo, além de promover a recuperação de áreas degradadas.

Além disso, a empresa está investindo em tecnologias de monitoramento e controle das emissões, como a instalação de sistemas de captura e armazenamento de carbono. Esses sistemas permitem a quantificação das emissões de gases de efeito estufa e a implementação de medidas para sua redução, como a adoção de práticas de pecuária de baixa emissão, o uso de energias renováveis e a promoção da eficiência energética.

Em relação à empresa com capacidade para mais de 50 mil cabeças em 217 hectares na cidade de Luis Eduardo Magalhães (LEM), Oeste da Bahia, que também traçou como meta a zerar a emissão de carbono até 2030, esse é outro exemplo de iniciativa que busca a sustentabilidade na bovinocultura. A empresa está trabalhando em parceria com instituições de pesquisa e investindo em tecnologias avançadas para alcançar seus objetivos.

Dentre as estratégias adotadas por essa empresa, podemos destacar a intensificação sustentável da produção, por meio da adoção de sistemas de pastejo rotacionado e técnicas de manejo que aumentam a eficiência do uso dos recursos disponíveis, como água e nutrientes. Além disso, estão sendo implantadas medidas de recuperação e conservação de áreas degradadas, contribuindo para a preservação do meio ambiente.

Também é importante mencionar que a adoção de práticas de bem-estar animal, como a oferta de condições adequadas de alimentação, manejo e alojamento, além da redução do uso de antibióticos, faz parte do compromisso dessas empresas com a sustentabilidade na bovinocultura.

A sustentabilidade na bovinocultura é uma realidade que demanda investimento. Empresas localizadas no Oeste da Bahia, como a mencionada no exemplo, estão trabalhando para reduzir suas emissões de carbono, adotando tecnologias inovadoras, práticas de manejo sustentável e parcerias com instituições de pesquisa. Essas iniciativas são fundamentais para promover a sustentabilidade nesse setor e contribuir para a mitigação dos impactos ambientais, visando um futuro mais equilibrado e resiliente.