Brasília

Unidades de conservação recebem 150 brigadistas florestais

29 de julho de 2023

Brasília Ambiental estima que 90% dos contratados temporariamente já passaram antes pelo instituto

Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

A seca chega ao Distrito Federal e, com ela, um personagem importante na prevenção e combate aos focos de incêndios florestais, comuns nesta época, entra em cena: o brigadista florestal. O Instituto Brasília Ambiental distribuiu, na última semana, 150 brigadistas florestais selecionados em processo seletivo específico recente e contratados por tempo determinado nas unidades de conservação (UCs). A contratação dos 150 profissionais faz parte do Plano de Prevenção de Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif), da Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema), que como objetivo prevenir e combater incêndios florestais nos espaços ecológicos do DF. Os brigadistas florestais contratados temporariamente, também, poderão atuar em outras áreas, em parceria com o Corpo de Bombeiros.

Muitos deles se inscrevem no processo seletivo todos os anos, e já acumulam experiência na função. “Estimo que 90% dos brigadistas selecionados este ano, em algum momento, já passaram por aqui. Os novatos são poucos”, afirma o diretor de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Dpcif) do instituto, Erisom Casimiro.

Contratação dos 150 profissionais faz parte do Plano de Prevenção de Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif), da Sema | Fotos: Instituto Brasília Ambiental/ Divulgação

Para o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, o retorno desses profissionais é de extrema importância porque, além de revelar a sintonia com o órgão ambiental, o compromisso com o combate ao fogo e com a preservação do meio ambiente, faz com que esse grupo se torne cada vez mais experiente.

“A experiência deles é fundamental para o sucesso do trabalho. Eles poderiam estar fazendo qualquer outra coisa, e muitos estão, mas quando chega esta época ficam ávidos para a divulgação do processo seletivo, e retornam para estar nesta importante missão”, ressalta Nemer.

O brigadista florestal, Jordan José Vieira, 46 anos, lotado no parque ecológico Veredinha, em Brazlândia, diz que desde em 2018, quando atuou pela primeira vez na brigada do Brasília Ambiental, todos os anos fica ansioso para ser selecionado novamente. “Há seis anos estou aqui, e pretendo estar todos os próximos anos, se possível”, enfatiza.

Recepção

“A experiência deles é fundamental para o sucesso do trabalho. Eles poderiam estar fazendo qualquer outra coisa, e muitos estão, mas quando chega esta época ficam ávidos para a divulgação do processo seletivo, e retornam para estar nesta importante missão”Rôney Nemer, presidente do Instituto Brasília Ambiental

Jordan Vieira explica que as atividades são muito importantes para o meio ambiente e que vão além do combate ao fogo: “Atuamos com plantio de mudas, coleta de sementes, limpeza dos parquinhos, reforma de cerca, cuidamos da jardinagem, enfim, toda manutenção da unidade de conservação. Estamos prontos para o combate, mas fazemos o possível para que o fogo não ocorra. Nosso trabalho é muito preventivo.”

O brigadista ressalta, ainda, a recepção anual feita pelo instituto. “Fui muito bem recebido no Brasília Ambiental em todas as temporadas. Sempre trabalhamos de acordo com o que está previsto no contrato. A atuação é muito tranquila e nos sentimos seguros para desenvolver nosso papel”, afirma.

Brigadas

Os brigadistas florestais que compõem a brigada do Brasília Ambiental 2023 tomaram posse dia 18 deste mês, estão distribuídos em 14 unidades de conservação e têm contrato firmado até 30 de novembro.

Além do Parque Ecológico Veredinha, recebem as brigadas os parques ecológicos: Jequitibás (Sobradinho), Lago Norte, Olhos D`Água (Asa Norte), Paranoá, Ezechias Heringer (Guará), Lago do Cortado (Taguatinga), Saburo Onoyama (Taguatinga), Águas Claras, Três Meninas (Samambaia), Riacho Fundo, Parque Distrital do Gama, Estação Ecológica de Águas Emendadas (Planaltina), Monumento Natural Dom Bosco (Lago Sul) e o Jardim Botânico. As brigadas não atuam, exclusivamente, nas UCs onde estão lotadas. Caso ocorra necessidade, são deslocadas paras outras unidades.

*Com informações do Instituto Brasília Ambiental