Brasília

Brigadistas florestais vão orientar estudantes sobre educação ambiental

24 de outubro de 2023

Profissionais participam de curso do Instituto Brasília Ambiental; primeira ação com alunos de escolas públicas será na EC Santos Dumont, em Planaltina, na quinta (26)

Jak Spies, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader

Nesta segunda-feira (23), o Instituto Brasília Ambiental iniciou o curso de educação ambiental para um grupo de 40 brigadistas florestais, na Escola de Governo (Egov). Serão 20 horas de aulas ministradas, até sexta-feira pela manhã.

Os três primeiros dias serão dedicados a informações teóricas, dinâmicas, histórias e oficinas. A partir de quinta-feira (26), os brigadistas irão até escolas públicas, trabalhar a educação ambiental prática com as crianças, na parte da manhã e da tarde. A primeira ação será realizada na Escola Classe (EC) Santos Dumont, em Planaltina.

Gutemberg Gomes: “Esse ano nós tivemos poucos incêndios florestais em função do trabalho de blitze educativas, nas quais nós trabalhamos com as crianças e colégios perto das unidades de conservação” | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

O secretário do Meio Ambiente e Proteção Animal, Gutemberg Gomes, esteve presente na abertura do curso e falou sobre a importância da prevenção com a educação ambiental e como ela minimiza os riscos de incêndios florestais.

“Esse ano nós tivemos poucos incêndios florestais em função do trabalho de blitze educativas, nas quais nós trabalhamos com as crianças e colégios perto das unidades de conservação. A educação ambiental se dá com as crianças”, afirma Gutemberg.

Para Matheus Rocha, chefe de brigada da Estação Ecológica de Águas Emendadas, a educação ambiental é um dos pilares da sustentabilidade. Trabalhando como educador ambiental há sete anos, o brigadista descreve o curso como uma base de aprendizado que aumenta a efetividade da conservação ambiental.

Matheus Rocha ressalta o papel da educação ambiental para um mundo mais sustentável

“A partir de um curso como esse a gente pode trabalhar com as crianças, que são o fator primário da conservação. Porque a partir delas vem a correção aos adultos e aos mais velhos. As crianças são base para tudo isso, é a melhor idade para se trabalhar. É a segunda vez que faço esse curso para dar uma renovada no conteúdo, trazer e aprender coisas mais novas, aplicando na prática. É se atualizar para poder aplicar um trabalho com mais eficiência”, destaca o brigadista.

“Essa interação para falar sobre a questão do fogo, o que pode,o que não pode, os malefícios que o fogo traz, os riscos, é importante não é só para as crianças, mas para toda a população e para o nosso meio ambiente de maneira geral”Rôney Nemer, presidente do Instituto Brasília Ambiental

“É importante, porque eles não são só brigadistas florestais. Quando eles entram para trabalhar com a gente, eles ajudam em tudo. Então essa interação para falar sobre a questão do fogo, o que pode, o que não pode, os malefícios que o fogo traz, os riscos, é importante não só para as crianças, mas para toda a população e para o nosso meio ambiente de maneira geral”, reforça o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer.

Prevenção de incêndios

“A gente vê essa parceria com bons olhos, porque eles nos ajudarão nesse processo de estar em contato com a comunidade, falando sobre os incêndios florestais”, diz a educadora ambiental Aline Barreto

De acordo com a educadora ambiental do Brasília Ambiental, Aline Barreto, um ponto muito importante do curso é a parte prática, além de incentivar que a educação ambiental faça parte das atribuições dos brigadistas.

“A ideia é que antes e depois do período crítico de incêndio eles possam atuar como agentes educadores ambientais em volta das unidades de conservação. A gente vê essa parceria com bons olhos, porque eles nos ajudarão nesse processo de estar em contato com a comunidade, falando sobre os incêndios florestais”, ressalta a educadora.

Diversos parceiros da área ambiental do DF trarão diferentes assuntos para sala de aula, como por exemplo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), introduzindo a perspectiva indígena sobre o fogo.

Também farão parte do cronograma das aulas o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Universidade de Brasília (UnB).