Folha do Meio Ambiente

Foi inaugurada nesta quinta-feira (5) a Exposição de Fotografias Água é Vida, promovida pela Embaixada do Reino dos Países Baixos, em parceria com o Metrô-DF, por meio da Gerência de Projetos Especiais, e apoio da Secretaria de Relações Internacionais do Governo do Distrito Federal (GDF).

Ao todo, são 19 fotografias selecionadas por concurso. Além do Brasil, participam da exposição fotógrafos de Bangladesh, Benim, Egito, Eslovênia, Filipinas, Índia, Líbia, Macedônia do Norte, Mali, Malta, Marrocos, México, Moçambique, Nigéria, Paquistão, Peru, Quênia e Tanzânia. Entre as obras escolhidas, está a fotografia do pernambucano José Nunes, cuja foto traz um pescador puxando sua rede cheia de resíduos plásticos no Rio Capibaribe, que corta a cidade de Recife.

“A história dos Países Baixos está intimamente ligada à água, uma vez que 30% de suas terras se encontram abaixo do nível do mar e o esforço de todos deve ser adotar soluções sustentáveis e incentivar as pessoas a cuidar deste recurso que é escasso no mundo”André Driessen, embaixador do Reino dos Países Baixos

As fotos registram cenas de desrespeito ao meio ambiente, como a poluição dos oceanos e rios, toneladas de plástico e lixo jogados em seus leitos; falta de alimentação para gado e ovelhas, que deixam os pastores sem trabalho e alimento, a escassez de peixes, água imprópria sendo consumida pela população e a total falta de água para consumo.

O embaixador do Reino dos Países Baixos, André Driessen, afirmou que a exposição tem como objetivo chamar a atenção para a importância da água, um recurso em escassez em todo o mundo. “A história dos Países Baixos está intimamente ligada à água, uma vez que 30% de suas terras se encontram abaixo do nível do mar e o esforço de todos deve ser adotar soluções sustentáveis e incentivar as pessoas a cuidar deste recurso que é escasso no mundo”, afirmou.

O presidente do Metrô-DF, Handerson Cabral, lembrou dos eventos climáticos extremos que estão ocorrendo, com mudanças que já estão afetando a vida de todos. “Para nós, é extremamente gratificante contribuir com iniciativas como esta, da embaixada, que chamam a atenção da população que passa todos os dias pelo Metrô.”

O secretário de Relações Internacionais do GDF, Paco Britto, também parabenizou a embaixada pela iniciativa e reforçou que os espaços do Metrô-DF e do GDF estão abertos para os eventos da comunidade de embaixadas. “É uma forma de trazer educação e cultura para a população que passa pelas estações e muitas vezes não tem acesso a esse tipo de conteúdo”, afirmou.

Diretora da Agência Nacional de Águas (ANA), Ana Carolina Argolo lembrou que, apesar da aparente abundância de água, já que o país concentra 12% da água doce do planeta, é necessário mostrar que é um recurso finito. “Precisamos mostrar a realidade e as urgências quando se fala em água. A realidade já é de escassez e tem que ser tratada de forma consciente”, alertou. Representando a Caesb, estava Fuad Braga, chefe da Assessoria de Projetos Especiais e Novos Negócios.

A solenidade de abertura teve início na Estação 106 Sul (Cine Brasília), onde foi exibido um vídeo e servido um coffee break. Depois, os convidados seguiram de trem até a Estação Galeria, para a inauguração da exposição propriamente dita.

Como é um chamado para a necessidade de preservação da água, a Embaixada dos Países Baixos convida a todos os visitantes da exposição a compartilhar fotos no Instagram que mostrem os desafios hídricos e que inspirem as pessoas a agir, marcando @NLinBrasil e usando a hashtag #AguaEVida.

Depois da Estação Galeria no Metrô, a exposição segue para os Complexos Culturais de Planaltina (de 28/10 a 17/11) e Samambaia (de 20/11 a 11/12), onde serão realizadas visitas com alunos de escolas públicas das regiões administrativas.

*Com informações do Metrô-DF