Expedição “Jóias das Dunas do Velho Chico” leva a campo ações do PAN Herpetofauna do Nordeste
10 de novembro de 2023Universidades e ICMBio realizaram atividades de pesquisa e sensibilização das comunidades sobre importância da conservação de répteis e anfíbios na Bahia
O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios do ICMBio (RAN) participou da expedição denominada “Joias das Dunas do Velho Chico”, realizada durante o mês de outubro, no município de Casa Nova/BA. A expedição teve a coordenação dos pesquisadores Thaís Guedes da Unicamp, Guarino Colli da UnB, Renato Faria da UFS e Daniel Mesquita da UFPB, e foi realizada com financiamento da FAPESP, FAPESQ/PB, CNPq e GEF-Terrestre (Caatinga).
A expedição visa o cumprimento das ações estabelecidas no Plano de Ação Nacional para a Herpetofauna do Nordeste, voltadas à conservação das espécies de répteis e anfíbios da Caatinga, com especial atenção às ameaçadas de extinção como Calyptommatus leiolepis, Eurolophosaurus aff divaricatus, Procellosaurinos tetradactylus, a cobra-rainha-do-são-francisco (Apostolepis arenaria) e a cobra-de-duas-cabeças (Amphisbaena frontalis).
.As ações do PAN incluem atividades de pesquisa e de envolvimento das comunidades locais com vistas à conservação das espécies ameaçadas. A participação das comunidades do município de Casa Nova/BA ocorre por meio da realização de palestras e conversas que buscam aproximar as comunidades locais das pesquisas em curso, com distribuição de materiais sobre as espécies ameaçadas e sobre o PAN Herpetofauna do Nordeste.
Também foram realizadas reuniões com gestores municipais de Casa Nova/BA para tratar das ações do PAN e informar sobre a necessidade de conservação das espécies ameaçadas que são endêmicas da Caatinga das Dunas do Rio São Francisco.
No âmbito de pesquisa, além dos coordenadores dos projetos, há envolvimento de dezenas de alunos de graduação, mestrado, doutorado e de pós-doutorados. Além da coleta de dados, as equipes dos pesquisadores realizam testes laboratoriais que visam compreender melhor as características das espécies e suas possíveis respostas às mudanças climáticas.
“Os resultados da expedição ampliarão o conhecimento acerca das espécies, com publicação de artigos científicos e materiais informativos, e contribuirão para a conservação das espécies ameaçadas, com envolvimento da sociedade.”, conclui a analista ambiental do RAN/ICMBio Tatiana Vilaça, que participou da atividade.