Folha do Meio Ambiente

– Foto: CCOM/ICMBio

Com o objetivo de integrar os atores envolvidos com os projetos GEF MAR 1 e 2, alinhar o conhecimento sobre os projetos e compartilhamento de experiências e boas práticas, e principalmente elaborar os planos operacionais das Unidades apoiadas, cerca de 50 gestores de UCs do ICMBio e de estados litorâneos, além de técnicos do Instituto Chico Mendes, do Ministério do Meio Ambiente, da Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO), do FUNBIO  e da Comissão Nacional para o Fortalecimento das Reservas Extrativistas (CONFREM) participaram de oficina de planejamento que aconteceu em Fortaleza (CE) entre os dias 23 e 27 de outubro. 

A programação da oficina contou com apresentações sobre diversos assuntos relacionados à gestão das unidades de conservação marinhas, visitas técnicas e atividades práticas em grupos. A primeira visita dos participantes foi ao Parque Estadual do Cocó, em Fortaleza, onde encontra-se a estrutura de divulgação e educação ambiental do Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio, uma das UCs apoiadas pelo GEF MAR. Por se tratar de uma unidade submarina distante da costa, a estratégia da gestão da unidade foi criar um espaço de educação ambiental em um container, que pode ser transportado e instalado em outros lugares. Na oportunidade os participantes também ouviram os relatos e depoimentos de comunitários que participam da gestão do parque.

Reunião com lideranças – Foto: CCOM/ICMBio

Os técnicos também visitaram a Lagoa de Jequiá, na RESEX do Batoque, onde conversaram com as lideranças locais sobre as atividades de pesca e turismo de base comunitária desenvolvidas na unidade. Ao final da oficina, os representantes das unidades entregaram os planos operacionais 2024/2025 do GEF MAR e apresentaram propostas para o GEF MAR II. 

Segundo a servidora do MMA Betânia Fichino, que participou da coordenação do evento, “a oficina foi importante para retomar a articulação entre os executores dos Projetos e alinhar as ações a serem apoiadas pelo GEF Mar 1 e 2, pelas diferentes instituições e áreas técnicas, nos diferentes territórios. Agora poderemos ter uma execução mais efetiva dos Projetos, promovendo a implementação do sistema de áreas marinhas e costeiras protegida, para a conservação da biodiversidade na zona marinha e costeira brasileira.” 

Paula Fernandes, gerente do GEF Mar no FUNBIO, “a oficina foi um espaço de troca de experiências com diversos atores federais e estaduais, visando o alinhamento e planejamento das ações a serem executadas pelas UCs apoiadas pelo projeto GEF Mar. Este momento foi também uma importante retomada das atividades presenciais, fortalecendo a gestão e contando com a inclusão de mais seis unidades de conservação. Além disso, a participação de todos num mesmo dado espaço e tempo é de extrema importância para compreendermos melhor as dificuldades de execução, os potenciais e as melhorias necessárias”. 

Foto: CCOM/ICMBio”

A oficina é uma oportunidade para compartilhar conhecimento e fortalecer laços entre os participantes, o que contribui positivamente não apenas para o planejamento, mas também para o avanço do programa”, conclui Fernanda Marques, coordenadora de portfólio de projetos do FUNBIO.

GEF MAR II 

O Projeto Conservação da Saúde e Integridade dos Ecossistemas Costeiros e Marinhos no Brasil – GEF Mar II tem como objetivo fortalecer a gestão do Sistema de Áreas Marinhas e Costeiras Protegida (MCPA) e as condições favoráveis para uma Economia Azul. A abordagem da Economia Azul visa promover o crescimento econômico, a inclusão social e a preservação ou melhoria dos meios de subsistência e, ao mesmo tempo, garantir a sustentabilidade ambiental dos oceanos e das áreas costeiras. Crescimento Azul é uma abordagem estratégica e inovadora para melhorar o uso dos recursos aquáticos e, ao mesmo tempo, aumentar os benefícios sociais, econômicos e ambientais para as comunidades que dependem da pesca e da aquicultura. 

O Projeto engloba os seguintes componentes: 

Componente 1: Fortalecimento da gestão e sustentabilidade do sistema de Áreas Protegidas Marinhas e Costeiras (AMCP). 

Componente 2: Desenvolvendo um caminho para uma Economia Azul. 

Componente 3: Aumentando a conscientização, o conhecimento e a capacidade. 

Componente 4: Monitoramento e avaliação do projeto.