Ibama acolheu cerca de 6 mil animais no Rio de Janeiro em 2023
3 de janeiro de 2024Centro de Triagem de Animais Silvestres enfrentou gripe aviária e temporais, mas manteve estrutura funcionando
Brasília (02/01/2024) – Os 25 funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que atuam no Centro de Triagem de Animais Silvestres do Rio de Janeiro (Cetas/RJ/Ibama) terminam 2023 com a sensação de dever cumprido.
Localizado no município de Seropédica, a 180km da capital fluminense, o Cetas/RJ enfrentou desafios relacionados às mudanças climáticas que impactaram não só o trabalho interno, como também os animais temporariamente acolhidos na unidade.
De acordo com o analista ambiental e chefe do Cetas/RJ, Leandro Nogueira, mais de 5.900 animais foram acolhidos pela equipe ao longo do ano. Além disso, mais de mil termos foram expedidos, desde entradas e solturas, até parcerias com Áreas de Soltura de Animais Silvestres (Asas).No entanto, o Cetas – localizado no interior da Floresta Nacional (Flona) Mário Xavier, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – passou por dificuldades ao enfrentar o ciclo pandêmico de gripe aviária.
Essa ocasião impôs o seu fechamento por dois períodos de 14 dias cada. Também ocorreram fortes temporais no mês de novembro, com períodos recorrentes de ausência de energia elétrica e de sinal de internet. Desde 2022.
Porém, as atividades internamente não foram paralisadas. Animais inaptos para soltura foram encaminhados a dois zoológicos, de Volta Redonda (RJ) e de Maragogi (AL), ao Instituto Vital Brasil (RJ) e à Animal Care, mantenedor sem fins lucrativos instalado numa Área de Proteção Ambiental (APA) na Serra da Bocaina, em Angra dos Reis (RJ).
O Cetas/RJ também realizou ações de educação ambiental enriquecedoras, como o curso de manejo de fauna oferecido à população local e ao Comando de Polícia Ambiental (CPAM) da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PM/RJ).No âmbito universitário, alunos do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) puderam participar de atividades de vivência, e os residentes atuaram no suporte veterinário, graças aos acordos de Cooperação Técnica firmados entre o Ibama e a UFRRJ.
Em relação aos incrementos para a qualidade de vida animal, a equipe montou uma horta com batata doce, cenoura e rúcula para fornecer uma alimentação orgânica e fresca aos animais, e produziu mudas para o enriquecimento ambiental dos recintos. Um dos objetivos para 2024 é construir uma cobertura com sombrite (telas de sombreamento) e iniciar os processos de compostagem dos resíduos desses recintos.
Entretanto, a grande meta para 2024 é garantir a execução das obras do Novo Cetas/RJ, com mais espaços e equipamentos para a readaptação dos animais e para seu bem-estar. Já está firmado o ACT com a UFRRJ para sua nova localização, dentro da Universidade.
A construção do novo Cetas/RJ é uma condicionante do licenciamento ambiental do Arco Metropolitano e é fundamental por ser o único dessa natureza no estado do Rio de Janeiro.
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