OS BIOMAS BRASILEIROS
2 de janeiro de 2024Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal
O que é um bioma: segundo o Instituto Brasileiros de Florestas, bioma é um conjunto de vida vegetal e animal, constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação que são próximos e que podem ser identificados em nível regional, com condições de geologia e clima semelhantes. No Brasil pode-se encontrar seis tipos de biomas: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal. Nossos Biomas são importantes não somente como recursos naturais em nosso país, mas, tem destaque como ambientes de grande riqueza natural no planeta.
Se a Floresta Amazônica é considerada a maior diversidade de reserva biológica, abrigando a metade de todas as espécies vivas do planeta, o Cerrado pode ser considerado a savana com maior biodiversidade do mundo. Já a Mata Atlântica conta com recursos hídricos que abastecem 72% da população nacional.
BIOMA PANTANAL
Segundo o Instituto Brasileiro de Florestas, o Pantanal ocupa uma área de 150.355 Km², possuindo quase 2% do território nacional e é constituído principalmente por savana estépica alagada. Este bioma está presente em apenas dois estados brasileiros: o Mato Grosso com 7% de ocupação do território e o Mato Grosso do Sul com 25%. A região é uma planície aluvial influenciada por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai, onde se desenvolve uma fauna e flora de rara beleza e abundância.
Mais detalhes sobre o Pantanal na entrevista com Raimundo Bispo Ferreira Junior, capa desta edição da Folha do Meio Ambiente.
BIOMA AMAZÔNIA
O mundo inteiro fala da Amazônia. Tem muita gente que nunca ouviu falar do Brasil, mas já ouviu falar da Amazônia. Talvez seja a palavra da Língua Portuguesa mais falada no mundo. O Bioma Amazônia ocupa cerca de 49% do território brasileiro e possui a maior floresta tropical do mundo. E equivalente a 1/3 das reservas de florestas tropicais úmidas que abrigam a maior quantidade de espécies da flora e da fauna. Segundo o Instituto Brasileiro de Florestas, a Amazônia contém 20% da disponibilidade mundial de água e grandes reservas minerais.
Bioma Amazônia: o delicado equilíbrio de suas formas de vida é muito sensível à interferência humana.
MATA ATLÂNTICA
O BIOMA MATA ATLÁTICA constituído principalmente por mata ao longo da costa litorânea que vai do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Ocupava uma área de 1.110.182 Km², e correspondia a 15% do território nacional, mas hoje restam apenas 12,5% da floresta que existia originalmente.
A Mata Atlântica apresenta uma variedade de formações, engloba um diversificado conjunto de ecossistemas florestais com estrutura e composições florísticas bastante diferenciadas, acompanhando as características climáticas da região onde ocorre.
Cerca de 70% da população brasileira vive no território da Mata Atlântica. As nascentes e mananciais abastecem as cidades, sendo um dos fatores que tem contribuído com os problemas de crise hídrica, associados à escassez, ao desperdício, à má utilização da água, ao desmatamento e à poluição.
A biodiversidade da Mata Atlântica é semelhante à da Amazônia. Os animais mais conhecidos da Mata Atlântica são: Mico-Leão-Dourado, onça-pintada, bicho-preguiça e capivara.
Os recordes da Mata Atlântica – 454 espécies de árvores por hectare — no Sul da Bahia;
- Animais: aproximadamente 1.600.000 espécies, incluindo insetos;
- Mamíferos, aves, répteis e anfíbios: 1361 espécies, 567 endêmicas;
- 2 % de todas as espécies do planeta somente para estes grupos de vertebrados;
- 3% felinos.
Ocupação econômica e populacional – Atualmente vivem na Mata Atlântica 72% dos brasileiros e 70% do PIB nacional concentra neste bioma. Além disso, todo este território mantém as nascentes e mananciais que abastecem as cidades e comunidades do interior, regulam o clima (temperatura, umidade, chuvas) e abriga comunidades tradicionais, incluindo povos indígenas. Entre os povos indígenas que vivem no domínio da Mata Atlântica estão os Wassu, Pataxó, Tupiniquim, Gerén, Guarani, Krenak, Kaiowa, Nandeva, Terena, Kadiweu, Potiguara, Kaingang,guarani M’Bya e tangang.
CAATINGA
OS ECOSSISTEMAS DO BIOMA CAATINGA encontram-se bastante alterados, com a substituição de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens. O desmatamento e as queimadas são ainda práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudicam a manutenção de populações da fauna silvestre, a qualidade da água, e o equilíbrio do clima e do solo.
A Caatinga abrange 11% do território nacional, ocupando uma área de 844.453 Km². Apresenta clima semiárido e possui vegetação com poucas folhas e adaptadas para os períodos de secas, além de grande biodiversidade. O bioma ocupa a totalidade do estado do Ceará e parte do território de Alagoas, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
As principais características da vegetação da Caatinga são, solo raso e pedregoso, árvores baixas, troncos tortuosos e que apresentam espinhos e folhas que caem no período da seca (com exceção de algumas espécies, como o juazeiro). Destacam-se neste bioma, as seguintes espécies: bromélias, xique-xique, mandacaru, embiratanha, acácia, juazeiro, macambira, maniçoba, umbu e mimosa.
De acordo com o IBGE, mais de 27 milhões de pessoas vivem atualmente no polígono das secas. A extração de madeira, a monocultura da cana-de-açúcar e a pecuária nas grandes propriedades (latifúndios) deram origem à exploração econômica. Na região da Caatinga, ainda é praticada a agricultura de sequeiro, que é uma técnica para cultivo em terras extremamente secas.
BIOMA CERRADO
O BIOMA CERRADO é o segundo maior da América do Sul, onde ocupa uma área de 2.036.448, correspondente a mais de 22% do território e é constituído principalmente por savanas. Segundo o Instituto Brasileiro de Florestas, o Cerrado abrange os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além dos encraves no Amapá, Roraima e Amazonas.
No Cerrado contém três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul, (Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata) o que, de certa maneira, favorece sua biodiversidade.
A paisagem do bioma é predominantemente caracterizada por extensas formações savânicas, interceptadas por matas ciliares ao longo dos rios, nos fundos de vale.
Os problemas mais comuns no Cerrado são normalmente causados pelo fogo que podem ser, inicialmente como incêndios naturais e posteriormente, causados pelo homem.
No ambiente do Cerrado são conhecidos até o momento mais de 1.500 espécies animais, formando o segundo maior conjunto animal do planeta.
Devido à ação do homem, o Cerrado passou por grandes modificações, consequentemente, causando a extinção de algumas espécies.
BIOMA PAMPA
O bioma Pampa, também conhecido como Campos do Sul ou Campos Sulinos, ocupa uma área de 176,5 mil Km² (cerca de 2% do território nacional) e é constituído principalmente por vegetação campestre (gramíneas, herbáceas e algumas árvores). Os Campos da Região Sul do Brasil são denominados como “pampa”, termo de origem indígena para “região plana”.
No Brasil, o Pampa está restrito ao estado do Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território gaúcho. Ocupa também porções dos territórios da Argentina e Uruguai.
Outros tipos conhecidos como campos do alto da serra são encontrados em áreas de transição com o domínio de araucárias. Em outras áreas encontram-se, ainda, campos de fisionomia semelhantes à savana.
Os campos, em geral, parecem ser formações edáficas (do próprio solo) e não climáticas. A pressão do pastoreio e os incêndios não permitem o estabelecimento da vegetação arbustiva, como se verifica em vários trechos da área de distribuição dos Campos do Sul.
O Pampa é uma região de clima temperado, com temperaturas médias de 18°C, formada por coxilhas onde se situam os campos de produção pecuária e as várzeas que se caracterizam por áreas baixas e úmidas. A região sul tem, na pecuária, uma tradição que se iniciou com a colonização do Brasil.