Brasília

Unidades de conservação receberam R$ 9,5 milhões de compensação ambiental

15 de janeiro de 2024

Recursos foram destinados pelo Instituto Brasília Ambiental em 2023 e beneficiaram parques ecológicos do DF

Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

O Instituto Brasília Ambiental fechou o ano de 2023 com destinação de recursos na ordem de R$ 9.536.840,97 – oriundos de compensação ambiental e florestal – para ações que beneficiam diversas unidades de conservação (UCs). A informação é da Unidade de Compensação Ambiental e Florestal (Ucaf) do instituto.

Entre as UCs beneficiadas estão os parques ecológicos Riacho Fundo, Santa Maria, Saburo Onoyama (Taguatinga), da Asa Sul, Paranoá, Águas Claras, Ezechias Heringer (Guará), do Cortado (Taguatinga), Veredinha (Brazlândia), Três Meninas (Samambaia), Jequitibás (Sobradinho), Lago Norte e Sucupira (Planaltina). Também receberam ações os parques distritais do Gama, das Copaíbas (Lago Sul), Boca da Mata (Taguatinga/Samambaia) e Bernardo Sayão (Lago Sul), além da Floresta Distrital dos Pinheiros (Paranoá) e o Monumento Natural Dom Bosco (Lago Sul).

O Parque Ecológico Águas Claras foi uma das unidades beneficiadas com o repasse de recursos de compensação ambiental e florestal em 2023 | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

“O grande beneficiado pelas compensações ambiental e florestal é o próprio meio ambiente, pois, direta ou indiretamente, esses recursos possibilitam ações que somam para a recuperação do ecossistema local”, afirma o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer. “A sociedade é favorecida porque usufrui desse meio ambiente. E, para os empreendedores, que têm que compensar danos dos seus empreendimentos, infelizmente, causados ao meio ambiente – pois o correto seria buscar formas mais sustentáveis de crescer e empreender – há o ganho de visibilidade pela importante e necessária ação na adoção dos requisitos de compensação ambiental.”

Os repasses de recursos foram aprovados em cinco reuniões da Câmara de Compensação Ambiental e Florestal do Distrito Federal (Ccaf), realizadas no ano passado. A câmara é a instância que analisa e delibera sobre o atendimento das propostas solicitantes de recursos de compensações ambientais e florestais. Dos cinco encontros, três foram reuniões ordinárias e duas extraordinárias.

Beneficiados

As reuniões da Ccaf de 2023 resultaram em 23 deliberações. Entre as destinações dos recursos estão: eventos de apoio aos programas Eu Amo o Cerrado e Fogo Apagou; implantação de guarita de vigilância no parque ecológico do Riacho Fundo; custeio de serviços gráficos, de alimentação e realização de evento em apoio ao projeto de educação ambiental Parque Educador; contratação de serviços relativos à análise dinamizada do Cadastro Ambiental Rural (CAR); contratação de serviços de coleta, processamento e análise laboratorial de amostras de água nas UCs; implantação de cercamento misto do parque ecológico de Santa Maria; aquisição de guias de identificação de espécies de madeira, a serem utilizados durante a fiscalização das UCs e  reforma de pontes de madeira em benefício do parque Saburo Onoyama.

Os recursos aprovados foram também para implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário-ETE Gama para a ligação de água e esgoto nos parques distritais do Gama e das Copaíbas e os parques ecológicos da Asa Sul e do Paranoá, aquisição de equipamentos para auxílio na prevenção e combate aos incêndios florestais para subsidiar as atividades de brigada florestal e perfuração de poços artesianos nos parques ecológicos de Águas Claras, Ezechias Heringer e do Riacho Fundo. O parque de Águas Claras também ganhou, com esses recursos, implantação de iluminação pública.

As deliberações contemplaram, ainda, recursos para o cercamento da área do Hospital Veterinário Público (Hvep) dentro do Parque Ecológico do Cortado, construção de nove guaritas e 11 pórticos em UCs e aquisição de imagens de satélite de alta resolução espacial, que servirão como insumo na elaboração das bases da ferramenta análise dinamizada do sistema do CAR.

A Ccaf é composta pelos superintendentes do Brasília Ambiental e representantes da Secretaria de Meio Ambiente e Vigilância Sanitária (Sema), da Universidade de Brasília (UnB) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

*Com informações do Brasília Ambiental