Folha do Meio Ambiente

Carnaval é uma festa que atravessou os séculos. A ligação do Carnaval à licenciosidade é antiga. Remonta-se ao antigo Egito quando os festejos pagãos “expulsavam” o inverno e celebravam o início da primavera. Sempre homenageando as divindades na expectativa de boas colheitas. Gregos e Romanos copiaram dos egípcios dos Faraós este tipo de festival. As festas greco-romana continuaram na mesma batida. Havia homenagens ao deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos) que eram pautadas por entrega aos prazeres, embriaguez e festivais pagãos. O mundo mudou, mas os carnavais continuam aí.

O Carnaval é um evento cultural que está presente hoje em todo mundo. No Brasil, é referência de diversão, beleza, alegria e de uma original ópera popular nos desfiles das Escolas de Samba. Mas tem uma situação ambiental de muita gravidade que acompanha esses eventos em toda parte: a enorme quantidade de lixo deixada pelos foliões. O descarte incorreto do lixo gerado ao longo do Reinado do Momo em todas as cidades brasileiras é proporcional ao tamanho e quantidade dos blocos, bailes, festas, trio elétrico, bares e desfiles das Escolas de Samba.

O Carnaval é uma festa popular que atrai um público muito grande e das mais variadas idades. Ocorre durante o dia e durante a noite. As praças, ruas e praias se tornam, quase sempre, uma lixeira a céu aberto. Só a educação e a gestão pública podem amenizar essa tragédia ambiental.

O acúmulo de lixo no Carnaval gera muitos impactos ambientais.  Cabe à população pensar com responsabilidade durante os eventos públicos.

A geração de lixo no Carnaval acaba passando despercebida. Mas e depois da festa as ruas, praças e praias ficam repletas de resíduos de todos os tipos.

OBRIGAÇÃO DOS GESTORES MUNICIPAIS

Se o público em geral e os foliões em particular têm obrigações e deveres na participação dos eventos carnavalescos, os gestores públicos também os têm. No sábado, dia 10 de fevereiro, e estendendo-se oficialmente até a terça-feira, dia 13, é tempo de Carnaval. Hoje o Carnaval é um evento tão forte que semanas antes e depois das datas fixadas no calendário, ocorrem megaeventos, shows e trios elétricos tanto durante o dia como a noite. Daí que as prefeituras também têm obrigações para com andamento dos festejos.

Entre essas obrigações estão a organização do trânsito, o aumento da fiscalização e disponibilizar lixeiras e contêineres posicionados estrategicamente para os locais onde se concentra o maior público.

COMO REDUZIR OS IMPACTOS

DO LIXO NO CARNAVAL

Sempre é bom lembrar que nas cidades, o acúmulo de lixo nas ruas entope bueiros e causa inundações. E mais: o lixo é carregado para o sistema de drenagem, chegando até rios e mares, onde causa todo tipo de prejuízo ao meio ambiente.

O lixo após as festas de Carnaval é uma das maiores preocupações quando se fala nos impactos causados no meio ambiente. São descartes de fantasias, latas de alumínio, garrafas de vidro, copos plásticos espalhados pelas ruas e pequenos furtos.

DESRESPEITO – Moradores também reclamam da falta de higiene dos foliões por usarem becos, muros, árvores, carros estacionados para fazerem suas necessidades fisiológicas.

Da parte dos foliões, a orientação é sempre usar as lixeiras, contêineres e postos de recolhimento de resíduos.

Da parte dos gestores públicos, é importante disponibilizar aos foliões banheiros químicos e lixeiras e reforçar o sistema de segurança e fiscalização.