sustentabilidade

Tecnologia é capaz de resolver o problema da falta de acesso à água potável nas escolas

7 de março de 2024

Segundo censo realizado pelo INEP na última quinta, mais de um milhão de estudantes não possuem acesso à água bebível no ambiente escolar

Em um cenário alarmante, o Censo Escolar divulgado na última quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revelou que mais de um milhão de estudantes matriculados em 7,7 mil colégios brasileiros estão sem acesso à água potável. A situação se agrava nas zonas rurais, onde 74% dessas escolas estão localizadas. A melhor solução pode ser também a mais simples: a tecnologia.

“A disponibilização de água potável permite que as crianças tenham hábitos de higiene pessoal, como lavar as mãos antes da merenda e escovar os dentes após as refeições. Esse simples gesto pode evitar a proliferação de doenças por veiculação hídrica, como diarréia aguda e cólera”, destaca Fernando Silva, CEO da PWTech, startup de purificação de água.

A empresa conta com o Projeto Água Boa Nas Escolas, que possibilita uma melhor estrutura hídrica no ambiente escolar por meio da instalação do aparelho que pesa um pouco mais de 12kg.  O equipamento possui membranas capazes de filtrar 5760 mil litros de água por dia, sendo 4 litros por minuto e eliminando vírus e bactérias com até 99,9% de eficácia.

Na espera de aportes fiscais, até o momento, a iniciativa colaborou para a instalação de um sistema de filtragem na escola da Ilha do Montão de Trigo (SP) e melhorou a qualidade de vida de diversas crianças em fase de desenvolvimento.

O Censo Escolar de 2023 mostrou um aumento significativo em comparação com 2022, passando de 931 mil para quase 1,3 milhão de alunos sem acesso à água potável. O próprio presidente da Frente Parlamentar de Educação, Rafael Brito (MDB-AL), destaca que soluções simples, como a compra de filtros industriais, podem ser implementadas para aliviar a situação.

Fernando Silva afirma ainda que a situação requer a construção de um plano de ação efetivo, que priorize o bem-estar infantil em regiões de extrema pobreza. “A disponibilização de água potável não é apenas uma questão de comodidade; é uma medida essencial para prevenir a propagação de doenças entre as crianças, promover hábitos de higiene pessoal e garantir um ambiente escolar saudável, propício para o aprendizado”, finaliza.