Folha do Meio Ambiente

Desde a criação do PDGIRS, em 2018, a Adasa atuou no cumprimento de sua competência regulatória, que era avaliar a implementação desse plano. “Para monitorar isso, utilizamos indicadores de desempenho. E no primeiro ano de vigência do plano, já notamos algumas inconsistências. Por exemplo, ao somar a quantidade de resíduos aterrados com a quantidade reciclada e compostada, o total não batia em 100%, mas sim em 102% ou 103%. Isso levanta a questão: por que essa discrepância? Que controles precisamos implementar para corrigir isso? O que está passando despercebido pelo SLU e pela Adasa?”, contextualizou a superintendente de Resíduos Sólidos, Élen Dânia dos Santos.

“Vimos então a necessidade de ajustar os processos para melhorar a qualidade das informações, permitindo ao SLU uma gestão mais eficiente e transparente desses dados. Para isso, implementamos o projeto ACERTAR Resíduos Sólidos”, explicou.

Para o desenvolvimento deste trabalho, a Adasa contratou em 2022 a empresa Maciel Consultores, responsável pela elaboração da versão preliminar da metodologia de auditoria e certificação para resíduos sólidos.

Em 2023, os consultores Alberto Camargo e Tiago Oliveira foram contratados para testar a metodologia e realizar o primeiro ciclo de auditoria e certificação das informações de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. O trabalho permitiu identificar ajustes necessários e aprimorar a metodologia desenvolvida.

“Esta é a primeira auditoria na área de resíduos no Brasil, o que representa um grande desafio. Durante nossa apresentação, compartilhei os resultados da auditoria e destaquei a importância da assimilação dessa metodologia para efetiva implementação no SLU.”, relatou Camargo.

O consultor lembrou ainda que a auditoria não possui caráter punitivo, mas de aprimoramento dos processos. “O foco principal é enfatizar a necessidade de informações precisas e confiáveis para melhor planejar as políticas de resíduos sólidos. Juntos, podemos alcançar um impacto positivo e sustentável nesta importante área”, destacou Alberto.

Segundo Tiago Oliveira, que também atuou como consultor na elaboração do projeto ACERTAR na Superintendência de Água e Esgoto (SAE), a precisão dos indicadores possibilita um planejamento eficaz e, consequentemente, os resultados almejados pela agência reguladora e prestadores de serviços.

Para a superintendente de Resíduos Sólidos da Adasa, a expectativa é que esse esforço conjunto contribua não apenas para a qualidade das informações, mas também para a melhoria dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos oferecidos à população.

“Por isso, o nosso objetivo é capacitar o SLU não apenas para coletar dados, mas para identificar riscos e implementar os controles necessários, visando progressivamente aprimorar a qualidade das informações”, enfatizou Élen Dânia.

O diretor Apolinário Rebelo ressaltou que o empenho e dedicação de toda a equipe do SLU é fundamental para o sucesso do projeto. “O evento que realizamos aqui, este treinamento, está focado em destacar que o SLU tem se empenhado significativamente na execução de suas atividades, e os resultados que estamos começando a apresentar trarão melhorias para nossa sociedade”, concluiu.

Além de Rebelo, Elén e consultores, participaram do treinamento representantes do Ministério das Cidades, técnicos do SLU, da Caesb e da Adasa.