CNPCT

Conselho avança na construção do Plano Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais

15 de abril de 2024

Representantes comunitários e do governo federal participaram da reunião do CNPCT

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Abertura da 18ª reunião da CNPCT, na sede do ICMBio, em Brasília. Foto: CNPCT

Abertura da 18ª reunião da CNPCT, na sede do ICMBio, em Brasília. Foto: CNPCT

O Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT) aprovou nesta sexta-feira (12/4), a metodologia do novo Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. Participaram dos dois dias de reunião na sede do ICMBio, em Brasília (DF), representantes de povos e comunidades tradicionais e do governo federal. 

A secretária de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Edel Moraes, reforçou na abertura do encontro, na quinta-feira (11/4), o compromisso do governo federal com os povos e comunidades tradicionais: 

“Estamos iniciando hoje, oficialmente, o Plano Nacional de Desenvolvimento dos Povos e Comunidades Tradicionais. A nossa ministra Marina Silva, juntamente com a Secretaria Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais, assumiu publicamente o compromisso de priorizar a elaboração do plano”, afirmou a secretária na fala de abertura. 

O plano fortalecerá a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. Criada em 2007, busca promover a valorização e reconhecimento dos PCTs e suas tradições, reafirmar direitos e garantir segurança alimentar e desenvolvimento sustentável, entre outras iniciativas. 

Moraes destacou a importância da construção coletiva e do trabalho conjunto entre esferas do governo para consolidação do plano: 

“Nosso desafio é ramificar a temática dos povos e comunidades tradicionais para os estados e municípios, pois são eles que vão implementar as políticas na ponta”, destacou a secretária.

Participaram também da mesa de abertura a secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional doMinistério do Desenvolvimentoe AssistênciaSocial (MDS), Lilian Rahal; o secretário nacional de Territórios e Sistemas Produtivos Quilombolas e Tradicionais do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Edmilton Cerqueira; o secretário nacional de Políticas para Quilombolas, Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, Povos de Terreiros e Ciganos do Ministério da Igualdade Racial (MIR), Ronaldo Santos; o presidente do CNPCT, Samuel Caetano; e o chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do MMA, Tacius Fernandes. 

Em seu discurso, Rahal destacou ações do governo federal para beneficiar os PCT no Programa de Aquisição de Alimentos. Criado em 2003, o programa compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e os destina às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, à rede pública de ensino e a grupos atendidos pela rede socioassistencial, entre outros.

“É importante manter aberto um espaço de diálogo frequente, com os demais conselhos e comissões, como Condraf e Consea, para que se mostre a importância dessa priorização, que impacta aqueles que historicamente sempre encontraram dificuldade no acesso desses recursos”, disse Rahal.

18º reunião ordinária do CNPCT ocorreu após dois dias de encontros de suas cinco câmaras técnicas. O conselho também tratou da participação do CNPCT na elaboração do novo Plano Clima; no Plano Federal de Manejo Florestal Comunitário; nas câmaras técnicas da Comissão Nacional para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável; no Programa Sociobioeconomia; e na Estratégia e Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade.

Houve ainda a exibição do curta-metragem “Tem floresta em pé, Tem Mulher”, que destaca o trabalho de mulheres quilombolas, quebradeiras de coco babaçu e extrativistas para a preservação da Amazônia.

No fim da reunião, o presidente do CNPCT ressaltou as expectativas e resultados:

“A gente vem com o trabalho das câmaras técnicas, de onde tiramos os insumos para subsidiar a construção do Plano Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais. Nossa expectativa é que tracemos diretrizes para construção do plano, e que na próxima reunião a gente já tenha um texto-base. Vamos também sair com o regimento interno revisto, fortalecido e mais qualificado para que os trabalhos do CNPCT possam acontecer com mais fluidez e mais tranquilidade”, afirmou Caetano. 

CNPCT 

O conselho criado em 2016 foi retomado em abril pelo Decreto nº 11.481, após a última gestão transferi-lo para o extinto Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Reestabelecido pelo presidente Lula, seus 22 objetivos incluem “promover o desenvolvimento sustentável dos povos e comunidades tradicionais” e “realizar ações para combater toda forma de preconceito, intolerância religiosa, sexismo e racismo ambiental”.

O órgão tem 48 integrantes, dos quais 29 representantes da sociedade e 19 do governo federal. Todos têm direito a voto.

Além de 16 ministérios, a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e o ICMBio têm representantes no conselho. A coordenação é responsabilidade do MMA.

Assessoria de Comunicação do MMA
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