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Cheias no RS: Funai, MPI e Sesai se mobilizam em rede de apoio para a entrega de donativos aos povos indígenas

16 de maio de 2024

  Desde o início da crise climática no Rio Grande do Sul, as instituições envolvidas no atendimento aos povos indígenas têm se mobilizado em rede para salvar vidas nas comunidades com a busca ativa de atingidos e fazer chegar as doações aos mais de 30 mil indígenas que foram afetados. E, principalmente, para que as… Ver artigo

Funai

 

Desde o início da crise climática no Rio Grande do Sul, as instituições envolvidas no atendimento aos povos indígenas têm se mobilizado em rede para salvar vidas nas comunidades com a busca ativa de atingidos e fazer chegar as doações aos mais de 30 mil indígenas que foram afetados. E, principalmente, para que as comunidades que sofrem com a situação de calamidade sejam incluídas nas políticas de assistência, como o “Auxílio Reconstrução” que prevê o pagamento de um benefício de R$ 5.100,00 em parcela única, anunciado nesta quarta-feira (15) pelo Governo Federal. Isso porque a pauta indígena é multi-institucional, envolvendo diversas instituições em um esforço conjunto.

“É necessário um trabalho coletivo para dar conta de tudo, tanto dos municípios quanto do governo do estado e do Governo Federal”, sinaliza a presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana.

A articulação para ações em rede envolve o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) com suas instâncias estratégicas; a Funai, por meio de suas diretorias finalísticas, suas Coordenações Regionais (CRs) e Coordenações Técnicas Locais (CTLs); a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) com os seus Distritos Sanitários Especiais (Dseis) e as diversas organizações do movimento indígena.

Atuação conjunta de órgãos do Governo Federal e organizações indígenas leva assistência aos povos indígenas afetados | Foto: Vanessa Neres/Dsei Interior Sul

A presidenta da Funai explica que, no órgão indigenista, além da mobilização interna nas instâncias técnicas e nas CRs e CTLs, existe a soma de esforços de recursos humanos, de logística e infraestrutura. “Estamos somando o que temos disponível como veículos, servidores, estrutura e ferramentas para fazer esse atendimento às comunidades, junto com outras instituições”.

Após o levantamento da situação das comunidades atingidas, o MPI e a Funai criaram uma Sala de Situação com reuniões técnicas diárias para deliberações sobre as medidas de assistência. Foi com base nesse levantamento que a Funai indicou as necessidades dos povos e aldeias e o aporte de recurso extraordinário para o órgão.

A Funai oficiou ainda o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a disponibilização das cestas de alimentos por família, de forma periódica. A entrega começou nesta terça-feira (14) e há uma mobilização entre as CRs próximas, a Sesai, a Conab, a Articulação dos Povos Indígenas do Sul (Arpinsul) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) em busca de apoio para o deslocamento das cestas até os indígenas.

Os órgãos envolvidos também estão atentos ao restabelecimento no pós-chuva. “A economia dos povos que moram no Rio Grande do Sul gira em torno do artesanato. Tudo isso já está sendo considerado pelas equipes interinstitucionais para que eles retornem às suas atividades econômicas e recuperem a sua segurança alimentar”, ressalta Joenia Wapichana.

Segundo a presidenta da Funai, as equipes interinstitucionais também estão trabalhando em conjunto para a inclusão das comunidades nos planos de trabalho dos municípios gaúchos em relação à construção de moradias, acesso aos locais interditados, acesso à água potável, políticas públicas destinadas aos cidadãos e cidadãs. “Esse diálogo e essa articulação com demais ministérios é de suma importância”, frisou.

Assessoria de Comunicação/Funai