Luís Eduardo Magalhães

Colheita recorde de soja no Oeste da Bahia: Mais de 7 milhões de toneladas previstas para Safra 2023/2024

9 de maio de 2024

Apesar de desafios climáticos, região mantém excelência na produção agrícola, enquanto culturas alternativas ganham destaque pós-colheita.

Foto: Vinicius Ramos/Canal Rural BA

Colheita da soja quase concluída no Oeste da Bahia, com previsão de mais de 7 milhões de toneladas

No coração do Oeste da Bahia, a principal região produtora de soja do Matopiba, a colheita da oleaginosa para a Safra 2023/24 está quase chegando ao fim, atingindo 99% de conclusão em uma área total de 1,980 milhão de hectares. As estimativas apontam para uma produção robusta de 7,484 milhões de toneladas.

A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) destaca o saldo positivo da safra, apesar de algumas adversidades climáticas enfrentadas ao longo do ciclo. As microrregiões produtoras de soja registraram resultados satisfatórios, com destaque para os municípios de Formosa do Rio Preto e Jaborandi, onde os rendimentos médios oscilam entre 60 e 63 sacas por hectare, com expectativas de manutenção ou até mesmo aumento na produção.

A Aiba planeja uma nova reunião do conselho técnico para validar os números finais da safra, com atualizações adicionais nos próximos dias. As condições climáticas favoráveis continuam a impulsionar a operação de colheita, prevendo-se a sua conclusão em breve.

No entanto, as áreas de plantio tardio estão apresentando um desempenho aquém do esperado, atribuído às dificuldades climáticas iniciais e à pressão fitossanitária de pragas e doenças no final do ciclo.

Quanto ao milho, o último boletim da Aiba revela que aproximadamente 48 mil hectares já foram colhidos na região. O atraso na colheita em comparação com a safra anterior é evidente, devido aos contratempos climáticos enfrentados no início do ciclo, como atrasos na semeadura e replantio, além da influência das chuvas no final do ciclo.

Apesar das médias parciais de colheita no Oeste da Bahia estarem abaixo das expectativas, em torno de 140 sacas por hectare, a intensificação das atividades nas últimas semanas tem sido observada, impulsionada pelas condições climáticas favoráveis.

Com o término da colheita em grande parte das áreas, culturas como feijão, milheto, sorgo e outras forrageiras estão ganhando espaço nas microrregiões monitoradas, sinalizando uma transição dinâmica para as próximas etapas agrícolas na região.

Foto: Vinicius Ramos/Canal Rural Bahia