Folha do Meio Ambiente

Uma operação de fiscalização ambiental na Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Rio Descoberto aconteceu no período de 29 de abril a 3 de maio de 2024. O foco foi combater o parcelamento do solo, a grilagem de terras e o desmatamento ilegal. Ao todo, 152 edificações precárias ocupam irregularmente uma área de 1,3 mil hectares, embargada desde janeiro deste ano.

 A operação contou com a participação de 22 instituições, incluindo órgãos ambientais como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal – Brasília Ambiental (IBRAM). Além disso, o Batalhão Rural da PM, DF Legal, Corpo de Bombeiros, Polícia Federal e Polícia Civil do Distrito Federal estão envolvidos na operação. 

O Instituto Chico Mendes participou com 13 servidores, incluindo 7 Agentes de Fiscalização Ambiental e 6 Agentes Temporários Ambientais, além de duas viaturas operacionais. Desde que a área deixou de fazer parte da Floresta Nacional de Brasília com a edição da Lei n.º 14.447/2022, as invasões aumentaram e resultaram em danos ambientais significativos. 

De acordo com Fábio Miranda, chefe do NGI Descoberto-Brasília e responsável pela gestão da APA, o território alvo da operação possui todos os atributos para se tornar uma Unidade de Conservação Distrital. Isso seria fundamental para preservar a vegetação remanescente de Cerrado e contribuir para a recarga do Rio Descoberto, responsável pelo abastecimento de aproximadamente 60% da população brasiliense.

Foto: NGI Descoberto-Brasília