queimadas

Capacitação em Manejo Integrado de Fogo é realizada em Rondônia

26 de junho de 2024

Reserva Biológica do Jaru lidera iniciativa para proteger áreas vulneráveis contra incêndios florestais e promover a recuperação de ecossistemas degradados

ICMBio

Capacitação Queima Prescrita (1) SITE.jpg

Capacitação Queima Prescrita – Foto: ICMBio

Entre os dias 11 e 14 de junho, a equipe da Reserva Biológica do Jaru, em Rondônia, realizou atividades de capacitação em Manejo Integrado do Fogo (MIF) ministradas por especialistas da própria unidade e do Núcleo de Gestão Integrada (NGI) de Cautário-Guaporé. Foram capacitados servidores de outras unidades de conservação federais do estado, além de integrantes da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental do Estado de Rondônia (SEDAM) e oficiais do Corpo de Bombeiros. 

A atividade consistiu em apresentar os princípios do MIF, focada na técnica da queima prescrita e o seu monitoramento. A queima prescrita é feita de modo controlado, nesta ação o fogo é colocado em parcelas na vegetação, criando uma barreira natural para evitar o espalhamento das chamas quando ocorrem incêndios florestais, para não atingir a floresta nativa e a fauna associada, principalmente em épocas de seca. 

A técnica tem sido empregada na Rebio Jaru de forma experimental, para a recuperação de áreas degradadas que atualmente estão ocupadas por espécies exóticas invasoras. A queima prescrita em períodos úmidos possibilita ainda o avanço da vegetação nativa para a área a ser recuperada e a germinação do banco de sementes presente no solo, que antes era inibido pela presença de espécies invasoras, como o capim braquiária.

Segundo o analista ambiental do Instituto Chico Mendes, Wilhan Assunção, a capacitação teve como objetivo nivelar o conhecimento sobre o método e estabelecer um padrão. “Apresentamos aos participantes os princípios do manejo integrado do fogo, destacando o uso das queimas prescritas como uma ferramenta eficiente na prevenção de incêndios. Esta técnica tem se mostrado inovadora no processo de restauração de áreas degradadas, onde houve a introdução de espécies de gramíneas e plantas exóticas invasoras. Além de assimilar a técnica, é fundamental monitorar o processo para que possamos apresentar os resultados à sociedade”, enfatiza.

A partir desta capacitação, a técnica pode ser reproduzida em outras áreas que necessitem manejar o combustível e evitar a ocorrência de grandes incêndios, sobretudo nas áreas em que há disputas fundiárias em unidades de conservação.