biodiversidade

Expedição de campo na Flona Tapajós coleta amostras ambientais com técnica eDNA

19 de junho de 2024

DNA ambiental, conhecido como eDNA, é usado como ferramenta de monitoramento da biodiversidade

Comunicação ICMBio

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– Foto: Luanne Lima

Uma parceria entre o Instituto Chico Mendes e o Instituto Tecnológico da Vale (ITV) está revolucionando a pesquisa científica no Brasil. Em uma expedição pioneira na Floresta Nacional do Tapajós, especialistas estão utilizando a técnica de DNA ambiental, conhecida como eDNA, para identificar várias espécies ao mesmo tempo, a partir de amostras ambientais como solo, água e ar, utilizando sequenciamento de nova geração (NGS).

O uso do eDNA tem se mostrado eficaz em superar as limitações dos métodos tradicionais de identificação de espécies, registrando facilmente espécies raras ou difíceis de encontrar, com menos esforço e tempo para a coleta de amostras. Essa abordagem é não-invasiva, pois não precisa capturar ou isolar os organismos.

Expedição na Floresta Nacional do Tapajós

As equipes do Instituto Chico Mendes e do ITV que estão na Floresta Nacional do Tapajós realizam a primeira expedição de campo usando a técnica de eDNA metabarcoding. A unidade de conservação, administrada pelo ICMBio, faz parte do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (Monitora) e possui resultados tanto pelo protocolo básico de transecção linear quanto pelo avançado com armadilhas fotográficas.

Os dados obtidos permitirão comparações entre os métodos tradicionais de monitoramento e o eDNA metabarcoding. Além disso, a possibilidade de levantar dados de grupos taxonômicos ainda não previstos no Programa Monitora reforça o eDNA como metodologia bastante promissora, ampliando a disponibilidade de informações para a conservação da biodiversidade brasileira.

Na expedição, estão sendo coletadas amostras de solo e serrapilheira, além de insetos, utilizando armadilhas malaise e armadilhas com iscas para moscas saprófitas. Essas amostras ajudarão a identificar mamíferos, aves, répteis, anfíbios e invertebrados tanto nos transectos de amostragem quanto nos pontos com armadilhas fotográficas.

Este projeto conta com o apoio do ITV, CGPEQ, COMOB e da Floresta Nacional do Tapajós, além da participação do CENAP, RAN, CPB e CBC. A iniciativa busca melhorar a conservação da biodiversidade no Brasil, proporcionando uma ferramenta moderna e eficiente para o monitoramento de espécies.