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Ibama participa do Plano de Ação para a Conservação do Macaco-Prego-Galego em AL

22 de junho de 2024

Antes dado como extinto, primata foi redescoberto em 2006, mas ainda enfrenta risco de extinção na Caatinga

Comunicação do Ibama

 

Imagem de um macaco-prego-galego

Brasília (21/06/2024) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e diversas entidades alagoanas aprovaram o “Plano de Ação Estadual para a Conservação do Macaco-Prego-Galego na Caatinga de Alagoas”. Idealizado pelo Ministério Público estadual, o projeto será encaminhado ao governo do estado para que se torne uma política pública.

O Ibama vai apoiar a conservação da espécie no estado por meio da instalação de recinto de aclimatação dentro de uma Área de Soltura de Animais Silvestres (ASAS), cadastrada na autarquia, no município de São José da Tapera. O local terá câmeras trap (de observação e registro de animais no ambiente natural) e colares de monitoramento.

Plano de Ação para a Conservação do Macaco-Prego-Galego em AL

O objetivo, explica o superintendente do Instituto em Alagoas, Rivaldo Santos Júnior, é registrar os deslocamentos dos espécimes, com o mapeamento das trilhas principais, áreas de abrigo e alimentação. O Ibama também vai contribuir intensificando operações de fiscalização e o fomento de ações de restauração florestal para a conexão de fragmentos, o que aumentará a dispersão da espécie.

Risco de extinção

O macaco-prego-galego está em perigo de extinção, de acordo com Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), instituição cujo objetivo é informar à sociedade e aos pesquisadores a respeito da conservação dos seres vivos.

A espécie é explorada desde a chegada dos portugueses ao Brasil. Após ser dado como extinto por mais de 200 anos, o animal foi redescoberto em 2006. A espécie é endêmica do Brasil e ocorre em fragmentos da Mata Atlântica e da Caatinga. No Nordeste, há casos de ocorrência do macaco-prego-galego nos estados de Alagoas, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.

Em Alagoas, foram mapeados 10 grupos de macaco-prego-galego, também conhecido como macaco-prego-dourado, nos municípios que integram o Plano de Ação Estadual. São eles: Mata Grande, Água Branca, Delmiro Gouveia, Olho D’Água do Casado, Piranhas, Pão de Açúcar, Belo Monte, Cacimbinhas, Minador do Negrão e São José da Tapera, onde foi realizada, em 14/06, a reunião de aprovação do Plano.

O Plano de Ação em prol do macaco-prego-galego faz parte do Programa de Atuação Ministerial para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção no Estado de Alagoas, do Ministério Público de Alagoas. O objetivo é desenvolver ações e projetos que possibilitem a conservação de espécies que correm o risco de desaparecer.

“A nossa visão de futuro é ter, na Caatinga de Alagoas, populações viáveis do macaco-prego-galego, sendo preservadas e acompanhadas por todas as instituições que integram o Plano, bem como pela população em geral.”, destacou o promotor de Justiça Alberto Fonseca.