emergências ambientais

Curso forma Oficiais de Informações Públicas para atuarem em emergências ambientais

1 de julho de 2024

Servidores da Funai, Ibama, ICMBio, Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e Brigada Voluntária de Pirenópolis foram capacitados para atuar em incidentes como incêndios florestais, secas e enchentes

Comunicação ICMBio

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– Foto: Divulgação USFS

Fornecer informações e orientações corretas e confiáveis para a população e os meios de comunicação é essencial no atendimento de emergências ambientais como incêndios florestais e enchentes. A fim de possibilitar que esta atividade seja realizada com a eficiência necessária em momentos de crise, foi realizado na Universidade Estadual de Goiás, em Pirenópolis, entre os dias 17 e 21 de junho, o curso de Introdução à Informação em Incidentes (SCI-203). 

O treinamento foi realizado pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS) com apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) no âmbito da cooperação com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Ao longo de uma semana, instrutores do USFS, ICMBio e da Funai apresentaram conteúdos sobre técnicas de comunicação, identificação de públicos-alvo, fontes de informações, formas de divulgação e registro, para 23 servidores de diversas regiões do Brasil. O curso também contou com a participação do Corpo de Bombeiros Militar do DF e da Brigada Voluntária Gavião Fumaça de Pirenópolis. Após estudos teóricos e de casos, os participantes tiveram a oportunidade de aplicar os conhecimentos por meio de exercícios, simulados e avaliação, e ao final receberam um certificado de conclusão do curso. 

A atuação dos Oficiais de Informação Pública é fundamental para informar a sociedade sobre a evolução dos incidentes e das providências adotadas diante das emergências, reduzindo ruídos na comunicação e boatos, contribuindo para a salvar vidas e patrimônio durante as ações de resposta. Informação pública com credibilidade é uma necessidade básica em momentos de crise. 

 

Foto: Divulgação USFS

Uma das instrutoras do curso, Sierra Hellstrom, que atua no USFS em Utah, nos Estados Unidos, e lida cotidianamente com incêndios florestais e outros incidentes, compartilhou sua experiência com relação à atuação do OIP em eventos extremos. “O trabalho muitas vezes envolve apoiarmos as pessoas nos piores dias de suas vidas, e devemos ter empatia ao lidar com situações que envolvem esse estresse extremo; nossa função é ajudar outros seres humanos, reduzir sua ansiedade passando informações precisas e direcionadas tanto à população nos locais dos incidentes e proximidades como à mídia em geral, tendo sempre em vista a segurança dos agentes envolvidos na resposta aos incidentes e o cuidado com as pessoas atingidas”, conta Sierra.O indigenista da Coordenação Regional de Campo Grande/MS da Funai, Jorge Pereira da Silva, avalia que a capacitação “ajudou a conhecer as funções e responsabilidades de um OIP, o curso capacita para se tornarem os agentes responsáveis pela divulgação dos incidentes para a mídia e para as comunidades locais. Como a gente trabalha na Funai com comunidades indígenas, que lidam historicamente com fogo na região do Cerrado e do Pantanal, com três brigadas comunitárias indígenas, posso dizer que o curso é de fundamental importância quando atuamos em incidentes a exemplo do que está acontecendo agora no Pantanal. Já tenho feito uso dos conhecimentos que adquiri no curso.”

Para Paolla Bianca Coelho, servidora do Instituto Chico Mendes no Manejo Integrado do Fogo na Gerência Regional Norte, o curso “contribuiu ao trazer habilidades, conhecimentos e responsabilidades dos Oficiais de Informações Públicas em meio aos incidentes, orientando formas e diferentes meios de comunicação para alcance do público interno e externo ao incidente e como se comportar diante de situações de crise”. Ela destacou a importância de, sempre que possível, antecipar a demanda de informação, seja ela de mídias locais ou do público atingido. “O curso é um passo fundamental para o alinhamento de informações e, também, entre as instituições federais que estão diretamente relacionadas às emergências ambientais”.

O chefe da Divisão de Monitoramento e Combate do Prevfogo/Ibama, Lawrence Nóbrega de Oliveira, afirmou que “o curso superou as expectativas, pudemos observar a importância de um OIP, chamou atenção a possibilidade de pautar a imprensa, trouxe um arsenal de mecanismos de divulgação, seja através de tecnologias, ou formas diferentes de apresentação, a preparação para as entrevistas, as técnicas de resposta, realmente um curso muito bom, que deve ser ampliado para mais instituições, é imprescindível em operações de combate ampliado ter um OIP.”