Indígenas

Funai reforça importância da inclusão dos povos indígenas nas políticas de proteção ambiental em fórum internacional

1 de julho de 2024

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) defendeu a inclusão dos povos indígenas nas discussões sobre conservação ambiental e a proteção das terras tradicionalmente ocupadas como forma de mitigar as mudanças climáticas e reduzir a incidência de eventos extremos. Foi durante o Fórum de Inovação Climática, no qual a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, reforçou o comprometimento da autarquia indigenista com a proteção das terras indígenas no Brasil, as quais representam 14% do território brasileiro. Realizado em Londres, na quinta-feira (27), o evento faz parte da Semana de Ação Climática. 

Assessoria de Comunicação/Funai

 

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) defendeu a inclusão dos povos indígenas nas discussões sobre conservação ambiental e a proteção das terras tradicionalmente ocupadas como forma de mitigar as mudanças climáticas e reduzir a incidência de eventos extremos. Foi durante o Fórum de Inovação Climática, no qual a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, reforçou o comprometimento da autarquia indigenista com a proteção das terras indígenas no Brasil, as quais representam 14% do território brasileiro. Realizado em Londres, na quinta-feira (27), o evento faz parte da Semana de Ação Climática.

A presidenta da Funai participou da mesa com diversos líderes e representantes internacionais para discutir parcerias e colaborações que possam fortalecer as iniciativas de conservação e sustentabilidade com os povos indígenas. Joenia Wapichana também destacou a importância dos conhecimentos indígenas na proteção ambiental. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), os indígenas representam 5% da população mundial e são responsáveis por proteger 80% da biodiversidade do planeta.

“Precisamos de mecanismos inovadores para financiar esses esforços e evitar eventos climáticos extremos. É necessário considerar a cosmologia indígena para reduzir os efeitos negativos que temos acompanhado no Brasil e no mundo. Os indígenas precisam estar presentes nas mesas de discussão. É hora de criar soluções, fomentar investimentos e mudar as concepções, envolvendo os povos indígenas, os governos e a sociedade civil em um esforço conjunto”, enfatizou Joenia Wapichana.

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Foto: Lohana Chaves/Funai

Acompanharam a presidenta a diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai, Lucia Alberta, e a secretária de Assuntos Políticos da Embaixada do Brasil em Londres, Renata Fasano. Lucia Alberta destacou a importância das discussões no Fórum. Ela defende que pensar no financiamento climático, envolvendo os povos indígenas, deve ser prioridade em nível nacional e internacional.

“Os povos indígenas são os maiores trabalhadores ambientais, e não são valorizados a contento. Este momento foi fundamental para mostrar o papel que a Funai executa na política indigenista no Brasil e como esse financiamento pode contribuir ainda mais para o fortalecimento dos conhecimentos tradicionais dos povos indígenas, também nas políticas ambientais do Brasil e, quiçá, do mundo”, avalia a diretora.

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Foto: Lohana Chaves/Funai

Responsável por coordenar e implementar a política indigenista no Brasil, a Funai tem como missão institucional proteger e promover os direitos dos povos indígenas de modo a assegurar que as políticas públicas cheguem até eles. Na atual gestão, a autarquia tem intensificado seus esforços para integrar os povos indígenas nas estratégias de conservação ambiental e ação climática.

A presença da Funai no Fórum de Inovação Climática representa o compromisso do governo brasileiro em promover e fazer parte das políticas climáticas inclusivas e sustentáveis, reconhecendo o papel dos povos indígenas na proteção das florestas e na mitigação das mudanças climáticas.

O Fórum

Promovido pela Climate Action em parceria com o Departamento de Segurança Energética e Net Zero e a City of London Corporation, o Fórum de Inovação Climática é reconhecido como um dos mais importantes do calendário climático global e atrai líderes, formuladores de políticas, investidores e representantes da sociedade civil. Este ano, o evento destacou o papel da economia na realização da transição climática.

Agora em seu sexto ano, o Fórum é uma plataforma que tem como objetivo a troca de informações e soluções que visam alcançar um mundo resiliente e com emissões líquidas zero até 2050.

O evento atua como ponto de conexão entre as Conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas e proporciona um espaço para que líderes compartilhem suas visões e experiências a fim de buscar superar os desafios climáticos globais.