COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

Marina inaugura centro de bioeconomia e sedes do ICMBio e SFB em Santarém

23 de julho de 2024

Ministras da Alemanha e da Noruega, dois dos principais doadores do Fundo Amazônia, participaram de atos no Pará

mma

Ministra Marina Silva e ministras da Alemanha e da Noruega participam de inauguração de centro de sociobieconomia, em Santarém (PA). Foto: MMA

Ministra Marina Silva e ministras da Alemanha e da Noruega participam de inauguração de centro de sociobieconomia, em Santarém (PA). Foto: MMA

A ministra Marina Silva foi a Santarém (PA) nesta sexta-feira (19/7) com as ministras da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da Alemanha, Svenja Schulze, e de Desenvolvimento Internacional da Noruega, Anne Beathe Tvinnereim, para inaugurar um centro de sociobioeconomia e as novas sedes do ICMBio e do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) na cidade da Amazônia.

As três ministras também conheceram um projeto comunitário de manejo florestal na Floresta Nacional (Flona) do Tapajós. Noruega e Alemanha apoiam o Fundo Amazônia, que financia projetos como o da Coomflona, a Cooperativa Mista da Flona Tapajós.

Retomado no ano passado pelo presidente Lula, o Fundo Amazônia é gerido pelo BNDES em coordenação com o MMA e apoia projetos alinhados ao Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm). Desde o início da atual gestão, sete países e a União Europeia anunciaram doações à iniciativa, totalizando R$ 3,8 bilhões.

A construção das sedes do ICMBio e do SFB foi realizada com recursos de cooperação do Brasil com a Alemanha.

Também foi assinado acordo de cooperação técnica com a GIZ, agência alemã de cooperação internacional. O objetivo é proteger direitos humanos e ambientais de povos e comunidades tradicionais em seus territórios, principalmente em Unidades de Conservação.

Financiado pelo Fundo Amazônia, o Ecocentro da Sociobioeconomia será usado por produtores e empreendedores locais para facilitar a comercialização de produtos agroextrativistas de base comunitária do oeste do Pará.

“Se Chico Mendes estivesse aqui, ele ia ficar muito feliz de ver que a sua luta não morreu, que está mais viva do que nunca. Aquilo que antes foi usado para nos explorar, agora é usado para proteger a floresta, os povos indígenas, as comunidades tradicionais, os rios e a mudança climática que nos assola. Ela será enfrentada com desmatamento zero, redução de emissão de CO₂ de carvão, de petróleo e de gás”, disse Marina na inauguração.

Schulze disse que a Alemanha continuará a apoiar o Brasil na proteção da Amazônia:

“Marina Silva e os seus aliados realizam um trabalho impressionante pela proteção florestal. Este trabalho é do interesse do Brasil, mas é também um serviço prestado à comunidade internacional. Por isso, nada mais justo que a comunidade internacional participe deste serviço. Isso vale, em primeiro lugar, para os países que construíram sua prosperidade com energias fósseis”, afirmou a ministra alemã.

Já a ministra da Noruega, país que foi o primeiro doador do Fundo Amazônia, destacou o papel do mecanismo para o combate ao desmatamento e a promoção de uma economia sustentável.

“Estou muito encorajada pela redução do desmatamento na Amazônia pela metade durante a atual gestão do presidente Lula e da ministra Marina. Esta é a melhor notícia global sobre o clima e a natureza que tivemos há muito tempo. É o resultado de sinais políticos fortes e políticas eficazes desde o primeiro dia”, disse Tvinnereim.

Marina conversou com servidores em greve, que leram uma carta após a cerimônia de inauguração do ICMBio e SFB. A ministra reiterou que a reestruturação das carreiras ambientais é prioridade para o MMA.