INCÊNDIOS

Pantanal: 96% dos incêndios estão extintos ou controlados

17 de julho de 2024

De 55 incêndios registrados até 14 de julho, 31 foram extintos, 22 estão controlados e dois permanecem ativos

Comunicação do MMA

Ministras Marina Silva e Simone Tebet sobrevoam Corumbá, em MS. Foto: Fernando Donasci/MMA

Ministras Marina Silva e Simone Tebet sobrevoam Corumbá, em MS. Foto: Fernando Donasci/MMA

Cerca de 96% dos incêndios registrados no Pantanal foram apagados ou controlados, afirmou a ministra Marina Silva nesta terça-feira (16/7), após acompanhar os trabalhos de combate em Corumbá (MS). Dos 55 incêndios registrados no bioma até 14 de julho, 31 foram extintos, 22 estão sob controle e dois permanecem ativos.

Os dados foram divulgados em boletim semanal das ações federais na região, que enfrenta a pior seca em 70 anos, e apresentados em entrevista coletiva pelas ministras Marina e Simone Tebet (MPO), pelo ministro Waldez Góes (MIDR) e por representantes do Ibama, do ICMBio e de outros órgãos federais.

“É só uma celebração inicial. Nós vamos ter que manter as nossas equipes mobilizadas, nossas bases, por isso o recurso extraordinário que foi aprovado mesmo com 56% dos incêndios extintos. Nós sabemos que a partir do final da semana vai vir uma onda de calor, baixa de umidade, risco de novos incêndios”, disse Marina.

Acompanhada do governador de MS, Eduardo Riedel, e de parlamentares, a comitiva sobrevoou áreas atingidas em Corumbá, que concentra dois terços dos focos de calor registrados desde janeiro no Pantanal. Em seguida, o grupo foi à base do Prevfogo/Ibama e participou da entrevista no prédio do Corpo de Bombeiros.

Mais de 830 profissionais do governo federal atuam no combate aos incêndios na região, apoiados por 27 embarcações e 14 aeronaves. Entre elas, quatro aviões lançadores de água do Ibama e ICMBio e um KC-390 das Forças Armadas, com capacidade de carregar 12 mil litros de água.

Na última semana, a Medida Provisória (MP) nº 1.241 liberou crédito extraordinário de R$ 137,6 milhões para MMA, MJSP e Defesa reforçarem as ações emergenciais na região. Os recursos ajudarão na contratação de brigadistas, aquisição de equipamentos de proteção individual e de combate, pagamento de despesas de diárias e passagens e locação de meios de transporte, entre outras medidas.

“O recurso em caixa reforçará as brigadas e todas as operações que estão sendo feitas, que são praticamente operações de guerra”, disse o secretário de Controle do Desmatamento do MMA, André Lima.

Outras duas MPs foram editadas para acelerar a contratação de brigadistas com experiência (MP nº 1.239), reduzindo o intervalo para recontratação de dois anos para três meses, e facilitar o uso de aeronaves estrangeiras no combate aos incêndios no país (MP nº 1.240).

“Uma delas estabelece a possibilidade de contratar brigadistas num critério mais rápido e menos burocrático. E a terceira estabelece a possibilidade, se houver necessidade, de nós podermos permitir aeronaves e apoio estrangeiro para, principalmente, Paraguai, Bolívia, Chile, os países que são da América do Sul, que tendem, nesses momentos, por solidariedade, se unirem ao Brasil”, detalhou Tebet.

Góes destacou o empenho de mais R$ 13,4 milhões para compra de alimentos, água, cesta básica, combustível, aluguel de embarcações e viaturas:

 “A gente vai liberando aos poucos, mas esses primeiros recursos dizem respeito à resposta para 30 dias de atuação do governo do estado, principalmente se tratando das questões relacionadas aos 12 municípios que foram reconhecidos sumariamente pelo governo federal na situação de emergência aqui no Mato Grosso do Sul”, declarou o ministro.

O trabalho integrado dos governos federal e estadual foi destacado por Riedel, que em 2023 sancionou projeto de lei elaborado em parceria com o MMA para melhor controle do desmatamento e execução do manejo integrado do fogo no estado. Em 5 de junho, MT e MS também assinaram pacto com o presidente Lula para prevenção e controle de incêndios no Pantanal e na Amazônia.

“Nós vamos nos manter mobilizados para que a gente saia daquela que poderia ser a maior tragédia da história do Pantanal, porque todas as condições estavam formadas para isso, eram piores que as de 2020. Que a gente saia com uma grande lição de união, integração, solidariedade e capacidade de trabalhar em conjunto”, afirmou o governador.

A ação federal é coordenada por uma sala de situação coordenada pela Casa Civil e com coordenação executiva do MMA, do MIDR, do MJSP e do Ministério da Defesa. Boletins semanais divulgados pelo grupo são publicados aqui.