Folha do Meio Ambiente

O diretor da Agência, Apolinário Rebelo, destacou a importância dessas visitas e refletiu sobre os problemas que afetam a região do DF e Entorno. “É necessário fortalecer os aspectos jurídicos e políticos para uma gestão sustentável da água. Brasília, apesar de rica em recursos hídricos, enfrenta desafios críticos na gestão desse recurso, essencial para a agricultura e o crescimento populacional.“

Pela manhã, a visita à ETE Águas Lindas teve como objetivo conhecer a unidade operada por um consórcio entre a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e a Saneago, que trata atualmente cerca de 60% do esgoto do município, com uma vazão média de 100 L/s.

“Essa estação é importante para a preservação da bacia do Descoberto, fonte de abastecimento para o DF, substituindo boa parte do antigo formato de tratamento que antes era feito com fossas sépticas”, explicou o regulador da Superintendência de Água e Esgoto (SAE) da Adasa, Adalto Clímaco.

“Para além da parceria em Águas Lindas, há um convênio em Novo Gama, que compreende a comercialização de água tratada pela Caesb para a Saneago e o tratamento de esgoto de parte do município pela Caesb e também um outro consórcio entre as duas concessionárias para distribuição de água do sistema Corumbá IV a alguns municípios goianos e ao DF ”, acrescentou Clímaco.

Durante a tarde, foi realizada uma inspeção nas instalações da ETE Santa Maria, localizada em Novo Gama. Essa estação, que está em construção, será responsável pelo tratamento de esgotos das cidades de Novo Gama, Luziânia e Valparaíso, com previsão de lançamento dos efluentes tratados no Ribeirão Santa Maria. Atualmente, o esgoto do Novo Gama é encaminhado para a ETE Alagado no DF.

A conclusão da ETE Santa Maria está prevista para setembro de 2025, com um investimento aproximado de 70 milhões de reais. “Este projeto é de grande relevância, pois eliminará a necessidade de exportar esgoto para o DF, beneficiando a região com um sistema de tratamento local”, concluiu Adalto.

Para o coordenador do consórcio da Saneago, Manoel Messias, a reunião com os entes federativos envolvidos  (Goiás e DF) é importante para alinhar as ações estratégicas em desenvolvimento, como consórcios e investimentos. “Essa integração visa abordar o crescimento das regiões ajustando diretrizes regulatórias para garantir efetividade no desenvolvimento e melhorar a experiência dos cidadãos”.

“A atuação conjunta é fundamental para garantir que o acesso a serviços de saneamento básico se torne uma realidade para todos, promovendo um ambiente mais saudável e sustentável”, arrematou Messias.

Wagner Oliveira Gomes, presidente da AGR, ressaltou o valor das inspeções realizadas nas instalações de tratamento e a importância do diálogo com os líderes da Adasa sobre temas de regulação. “Essas visitas fazem parte de uma série de iniciativas para promover uma regulação integrada entre a Adasa e a AGR e com os prestadores de serviços Caesb e Saneago. A próxima visita será à Estação de Tratamento de Goiânia, prevista para a primeira quinzena de setembro”, lembrou.

Além de Rebelo, Clímaco e Messias, estiveram presentes o diretor interino de Regulação e Fiscalização da AGR, Eduardo da Cunha, e representantes da AGR, da Caesb e da Adasa.

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