HÁ 35 ANOS
1 de agosto de 20241989 – 2024
JOSÉ APARECIDO DE OLIVEIRA:
MEIO AMBIENTE TAMBÉM É CULTURA
O ex-governador do DF, José Aparecido de Oliveira, quando ministro da Cultura, pregava que era da maior importância que o Ministério e as secretarias de Cultura de todos os estados assumissem também a responsabilidade das questões ambientais. E acrescentava: “Inclusive da cultura indígena e quilombola”. Para José Aparecido de Oliveira “todos devem estar atentos aos problemas ambientais, porque as diferentes culturas são, em grande parte, reflexo do ambiente em que se desenvolvem”.
“Não é possível ocultar o aspecto anticultural da depredação da natureza, quando temos queimadas criminosas, rios poluídos, fauna dizimada e a flora exposta a procedimentos verdadeiramente criminosos. A modificação constante da paisagem natural, sendo substituída pelo avanço tecnológico desequilibrado, tem produzido graves desastres ecológicos”, lembrava o ex-embaixador José Aparecido de Oliveira.
PAULO NOGUEIRA QUER FUNDO
GERENCIADO PELA ONU
Criar um fundo internacional, constituído por parte da dívida externa, com recursos da ordem de 1 a 2 bilhões de dólares por ano, gerenciado pela ONU, foi a proposta apresentada por Paulo Nogueira-Neto, professor da USP e primeiro secretário Nacional do Meio Ambiente. Para Paulo Nogueira Neto, esse é o caminho mais rápido para se obter divisas para atacar os problemas ambientais do mundo.
Esse fundo integraria os países desenvolvidos e em desenvolvimento, com quotas distintas, onde os juros seriam utilizados para fins ambientais, saúde e educação.
“O mundo precisa de ideias práticas que não onerem apenas um lado, enquanto um outro lado se beneficia”, argumenta Paulo Nogueira-Neto e acrescenta: “A Amazônia é o caso mais urgente, tanto para o Brasil, quanto para o mundo”.
Para a região norte, o ambientalista e professor da USP entende que o Brasil deve trabalhar em três frentes prioritárias: a primeira é o ordenamento territorial ou zooneamento ecológico econômico. O segundo diz respeito à ocupação da área, levando em conta a experiência frustrada. E o terceiro, é um estudo dos impactos climáticos, já que as mudanças nesse setor podem ser bastante rápidas.
FOLHA DO MEIO AMBIENTE
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