Animais resgatados das queimadas no MT são retirados de centro de cuidados após ameaça de incêndio perto do local de tratamento
14 de outubro de 2024Entre os animais estão, um tamanduá, uma anta, um veado e uma onça-parda
Mato Grosso (10/10/2024) – Na segunda-feira (7), animais resgatados dos incêndios no Mato Grosso foram retirados as pressas de uma unidade de tratamento após um incêndio florestal chegar muito próximo ao local onde os animais estavam. A operação de retirada foi conjunta entre Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e Instituto Ampara Pantanal, na base de atendimento onde os animais se encontravam.
A base fica na Transpantaneira, próxima da cidade de Poconé, a 104 km de Cuibá (MT). A orientação para a ação foi dada pelo Sistema de Comando de Incidentes (SCI) Emergência fauna Pantanal 2024, formado pelo Ibama e ICMBio. “Com base nas informações do SCI Fogo, os focos de incêndio estavam a apenas quatro quilômetros da base, levando o comando a recomendar pela evacuação imediata dos animais”, explicou a veterinária do Ibama, Marília Gama.
A partir da articulação interinstitucional entre a equipe do SCI Fauna e Sema/MT, foram transferidos quatro animais: um tamanduá, um veado, uma anta e uma onça-parda. Os três primeiros, que haviam sido resgatados anteriormente de incêndios e apresentavam ferimentos nas patas, foram encaminhados para o Posto de Atendimento Emergencial de Animais Silvestres (PAEAS), situada na entrada da Transpantaneira. A onça, recebida ainda filhote, está em processo de reabilitação para futura soltura e será acolhida pelo Centro de Reabilitação de Animais Silvestres do estado do Mato Grosso do Sul (Cras/MS), onde continuará a receber os cuidados essenciais.
A proteção das estruturas da BAAP conta com o auxílio do Corpo de Bombeiros Militar do estado e das brigadas do ICMBio e Prevfogo/Ibama.
Essa ação faz parte de um esforço contínuo de proteção à fauna do Pantanal, por meio da colaboração entre diferentes órgãos e entidades que atuam na conservação da biodiversidade. “Assim que a base estiver segura novamente, os animais retornarão. Após o cuidado de saúde e reabilitação, eles poderão voltar para o seu habitat”, ressaltou Marília Gama.