Meio Ambiente

Ibama apresenta aplicativo de resgate de fauna em emergências ambientais

4 de outubro de 2024

Nova ferramenta será aliada na localização de animais silvestres durante incêndios florestais e em outras situações.

Assessoria de Comunicação do Ibama

Testando o aplicativo de resgate de fauna

Brasília (01/10/2024) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apresentou, nesse mês de setembro, o Aplicativo para Gestão de Emergências de Fauna (AGF) para resgate de animais silvestres durante emergências ambientais. A ferramenta foi desenvolvida pelo Centro Nacional de Monitoramento e Informações Ambientais (Cenima) em conjunto com a Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas (DBFlo), do Instituto, e busca organizar a coleta de dados de diferentes espécies de fauna, além de permitir sua identificação por meio de fotos e outros mecanismos.

A iniciativa está em uso inicialmente no Pantanal, sendo estratégica para o monitoramento e proteção da fauna e do bioma, com compartilhamento de informações em tempo real sobre avistamento, resgate e assistência a animais em situações de risco. De acordo com o analista ambiental do Cenima Watila Portela Machado, que desenvolveu o aplicativo, “a ferramenta é bastante valiosa para reforçar a resposta às emergências ambientais, contribuindo para a proteção da biodiversidade do Pantanal em um cenário cada vez mais desafiador, além de possibilitar a sistematização das informações sobre a fauna atingida”.

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Teste de aplicativo de resgate de fauna

A apresentação do aplicativo ocorreu nas superintendências do Ibama nos estados de Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul nos dias 11 e 18 de setembro, durante reuniões que contaram com representantes de diversos setores, como da Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) e de organizações não governamentais, como a Associação Matogrossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara) e o Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (Gretap). Os participantes puderam ver como a localização exata dos resgates e avistamentos é registrada, garantindo a prestação de assistência no local correto. “Essa ferramenta também possibilita uma avaliação rápida da condição dos animais e ainda registra o encaminhamento para abrigos, hospitais veterinários, centros de triagem ou para a soltura em seu habitat”, ressaltou Watila.

Um olhar no futuro

Gracicleide Braga, Coordenadora-Geral de Gestão, Uso Sustentável e Monitoramento da Biodiversidade Aquática de Fauna, destacou que o aplicativo não apenas ajuda nas operações atuais, mas também gera uma base de dados importante para planejar ações futuras e enfrentar eventos climáticos extremos. “Ao centralizar informações e integrar o trabalho de diversos órgãos e voluntários, a ferramenta reforça a proteção da fauna num momento em que a cooperação e a tecnologia são indispensáveis”, disse. Ela também lembra que o aplicativo permite que os usuários registrem avistamentos e resgates de fauna de maneira rápida, mesmo em áreas com baixa conectividade, já que os dados são sincronizados assim que a conexão à internet é restabelecida.

Facilidade e agilidade em ações de resgate

O AGF tem uma interface simples e intuitiva, pois é voltado para as equipes que atuam diretamente nas áreas atingidas, além da capacidade de identificar espécies com precisão, permitindo a inclusão de fotos e a marcação exata do local de resgate. Isso ajuda a garantir que a assistência seja oferecida onde for mais necessária, seja para levar os animais a abrigos especializados seja para soltá-los em seu habitat.

As equipes do Ibama que atuam nos resgates de fauna podem registrar necessidades de suprimentos, equipamentos e pessoal, o que facilita a logística das operações. Isso torna a resposta às emergências mais coordenada e eficiente, algo fundamental em um cenário de crise como o visto no Pantanal. Com essa inovação, o Ibama dá um passo importante na defesa da biodiversidade da região ao demonstrar que a tecnologia pode ser uma grande aliada no combate às emergências ambientais e na preservação de um dos ecossistemas mais ricos e ameaçados do Brasil.