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EVENTOS OFICIAIS QUE ANTECEDERAM A COP-29

1 de novembro de 2024

A 79ª sessão da ONU discutiu, em setembro, “O Caminho para a COP-29: Uma Abordagem Multilateral para Adaptação Climática”.

Silvestre Gorgulho

 

A COP-29, a ser realizada de 11 a 22 de novembro em BAKU, já começou há algum tempo. Além das reuniões preliminares com organizadores e participantes, em 26 de setembro de 2024, durante a 79ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, a Presidência da COP-29 liderou uma discussão de alto nível na Sede da ONU intitulada “O Caminho para a COP-29: Uma Abordagem Multilateral para Adaptação Climática”. Este evento reuniu altos funcionários do governo, representantes de instituições financeiras, fundos climáticos e especialistas em clima.

 

O diálogo na ONU se concentrou em aumentar a resiliência global às mudanças climáticas, particularmente à luz dos recentes desastres climáticos que ressaltaram a necessidade urgente de aumentar o financiamento para esforços de adaptação.

 

Em 29 de setembro, durante a 79ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente da COP-29, Mukhtar Babayev, destacou a necessidade urgente de aumentar o financiamento da adaptação e apelou às nações para que mostrem solidariedade no enfrentamento dos desafios climáticos.

O evento, inaugurado pelo Presidente da COP-29, Mukhtar Babayev, ao lado dos presidentes dos Órgãos Subsidiários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), contou com uma programação impressionante de palestrantes. Entre eles estavam ministros do clima da Irlanda, Tuvalu, Maldivas e Gâmbia, bem como o Embaixador das Mudanças Climáticas do Canadá.
No evento, os participantes enfatizaram o reforço da cooperação internacional e o aumento do apoio financeiro para esforços de adaptação em regiões vulneráveis, incluindo Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS) e Países Menos Desenvolvidos (LDCs). Os participantes também ressaltaram a necessidade de desmantelar barreiras e implementar soluções inovadoras para garantir que essas regiões recebam o apoio adequado necessário para suas estratégias de adaptação.
Em suas observações finais, o Negociador Líder da COP-29, Yalchin Rafiyev, enfatizou a importância da cooperação global e ações transformadoras para salvaguardar países vulneráveis ​​às mudanças climáticas. Ele afirmou que a COP29 será instrumental no reforço da adaptação climática global para um futuro sustentável.

 

REUNIÃO PREPARATÓRIO DA COP-29

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, pediu que na COP-29 todos se envolvam de forma construtiva e de boa fé pelo bem da humanidade

 

Em de outubro de 2024, a presidência da COP-29 recebeu líderes globais do clima, autoridades governamentais, constituintes e delegados na abertura da Pré-COP em Baku, Azerbaijão. A Pré-COP fornece uma plataforma importante para as Partes avançarem nas negociações climáticas antes da 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. As discussões da pré-COP se concentraram em fazer progressos nas principais prioridades antes da realização COP-29, incluindo financiamento climático, especificamente a Nova Meta Quantificada Coletiva, mitigação, adaptação e apoio a comunidades vulneráveis ​​em soluções climáticas globais.

 

Em 10 de outubro, líderes globais se reuniram em Baku para estudar detalhes sobre as negociações climáticas antes da COP-29

 

No encontro preparatório, o presidente da COP-29, Mukhtar Babayev, e o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, enfatizaram a importância de a COP-29 atender às necessidades dos estados em desenvolvimento, menos desenvolvidos e pequenos estados insulares em desenvolvimento. O presidente Aliyev destacou: “Nem o Azerbaijão, em sua capacidade de presidência da COP-29, nem qualquer outro estado, pode tomar decisões em nome de outros. Nosso papel é fornecer a plataforma para facilitar as negociações, que acreditamos estar cumprindo imparcialmente”. Ilham Aliyev pediu que “todos se envolvam de forma construtiva e de boa fé pelo bem da humanidade. Embora os estados tenham responsabilidades comuns, mas diferenciadas, eles devem deixar de lado as divergências, parar de culpar uns aos outros e encontrar um ponto em comum. Não podemos perder tempo definindo quem é culpado pelo aquecimento global ou quem causou mais danos ambientais.”