Internacional

Novo mandato de Trump promete reverter avanços ambientais nos EUA

6 de novembro de 2024

Planos incluem enfraquecimento da EPA e desmonte de políticas climáticas do governo Biden, gerando preocupações sobre impacto global nas metas ambientais.

A eleição de Donald Trump para um novo mandato como presidente dos Estados Unidos levanta questões preocupantes sobre o futuro da política ambiental do país. Fontes próximas à sua equipe indicam que ele planeja reduzir substancialmente os poderes da Agência de Proteção Ambiental (EPA) e reverter várias medidas implementadas pelo governo de Joe Biden. Especialistas temem que essas ações possam ter impactos globais no combate às mudanças climáticas, dada a importância dos EUA nas iniciativas internacionais de preservação ambiental.

Durante o governo de Biden, a EPA teve papel central na regulamentação de emissões de carbono, implementando medidas para limitar a poluição industrial e promovendo a transição para fontes de energia limpa. No entanto, o novo governo Trump já delineia planos de reverter esses avanços. “É esperado que ele reduza o alcance da EPA e que desfira um golpe nas regulamentações que restringem as emissões de gases de efeito estufa”, explica um analista do setor ambiental. Essa postura marca uma retomada de sua política anterior, quando Trump retirou os EUA do Acordo de Paris e incentivou a produção de combustíveis fósseis.

Além de desfazer regulamentações climáticas, Trump também deve concentrar esforços em reestruturar as bases da EPA, minando sua capacidade de impor normas de proteção ambiental. Essa abordagem reflete a visão do ex-presidente, que, ao longo de sua trajetória, defendeu que muitas regulamentações ambientais prejudicam a economia e reduzem a competitividade americana. O impacto dessa política pode se estender para além das fronteiras dos Estados Unidos, uma vez que uma reversão de medidas climáticas em uma das maiores economias do mundo pode desincentivar esforços globais e gerar descompasso em compromissos ambientais.

A comunidade científica e ambientalista alerta que esses movimentos podem ter consequências sérias para o combate às mudanças climáticas. “Com Trump desmantelando as regulamentações, o comprometimento dos EUA com a redução de emissões fica em xeque, o que pode colocar em risco as metas globais de aquecimento e desincentivar outros países a cumprir suas promessas climáticas”, acrescenta o especialista.

Enquanto Trump e sua equipe argumentam que o relaxamento de regulamentações trará benefícios econômicos, os críticos temem que essa postura comprometa a saúde ambiental do país e do planeta. Essa política, além de ameaçar os avanços já conquistados, pode colocar os Estados Unidos em uma rota de colisão com as nações que lideram os esforços para enfrentar a crise climática.

A possível reviravolta ambiental que um novo governo Trump representa reacende o debate sobre a necessidade de ações conjuntas e a responsabilidade dos Estados Unidos no contexto das mudanças climáticas globais.