Operação

Operação federal enfrenta impactos ambientais e socioeconômicos do garimpo na Terra Indígena Munduruku

26 de novembro de 2024

Cresce número de apreensões de equipamentos usados na atividade ilegal dentro do território. Mais de 145 intervenções foram feitas

Assessoria de Comunicação do Ibama

Operação federal TI Munduruku

– Foto: Casa Civil

Brasília (25/11/2024) – A ofensiva coordenada pelo Governo Federal registra avanços significativos no combate à exploração ilegal na Terra Indígena Munduruku. Na última semana, de 17 a 23 de novembro, a Operação Desintrusão da Terra Indígena Munduruku (OD-TIMU) intensificou suas ações, acumulando 145 intervenções desde seu início, sendo 25 apenas no referido período.

O extrato dessas sete dias demonstram o êxito da operação com R$ 9 milhões em multas aplicadas pelo Ibama; apreensão de 20 mil litros de óleo diesel e destruição de equipamentos como retroescavadeiras, motores e geradores, somando um prejuízo estimado em R$ 44,5 milhões às operações de garimpo ilegal.

Fiscal do Ibama na Operação federal na TI Munduruku
-Foto: Divulgação/Ibama

A operação mobiliza mais de 20 órgãos governamentais, incluindo IBAMA, Exército Brasileiro, Polícia Federal, Ministério dos Povos Indígenas, Abin, Casa Civil, entre outros, em uma atuação conjunta de fiscalização e proteção ambiental.

Veja vídeo da operação publicado no Instagram do Ibama

Impactos na Região

Jacareacanga, no sudoeste do Pará, enfrenta graves desafios socioeconômicos. Com um Índice de Progresso Social (IPS) e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre os mais baixos do Brasil (0,505), o município reflete como a intensa atividade garimpeira não resulta em melhorias na qualidade de vida da população. Embora o PIB per capita em 2020 tenha alcançado R$ 76 mil, acima da média estadual, ele não se traduz em benefícios reais.

A exploração mineral ilegal agrava a degradação ambiental e a desorganização social, contribuindo para o aumento da violência e para a precariedade das condições de vida, especialmente nas comunidades indígenas.

A OD-TIMU continuará intensificando suas ações de fiscalização e conservação nas próximas semanas, reforçando o compromisso com a proteção das terras indígenas e a preservação da Amazônia.

Matéria da Casa Civil