Operação Terra Protegida combate crimes ambientais em unidades de conservação federais de Rondônia
12 de dezembro de 2024Esforço resultou em prisões em flagrante, multas, embargos, apreensão e destruição de equipamentos usados pelo garimpo e exploração de madeira ilegais
– Foto: ICMBio Rondônia
OInstituto Chico Mendes, em conjunto com o Batalhão Belmont (5º BPM) e Batalhão de Polícia Ambiental (BPA/PM) de Rondônia, realizou, entre 10 e 30 de novembro, a Operação Terra Protegida, para enfrentamento ao garimpo ilegal, desmatamento e invasão em Unidades de Conservação federais no estado. A operação atuou na Floresta Nacional do Jamari, no Parque Nacional Mapinguari e na Floresta Nacional do Bom Futuro, todas próximas à capital Porto Velho.
Por meio de patrulhamento terrestre e fluvial, os agentes constataram várias infrações ambientais. Alguns dos responsáveis foram identificados e responsabilizados conforme a legislação vigente.
Foram apreendidos uma escavadeira de esteira “PC”, 103 m³ de madeira em toras e beneficiadas, 120 kg de cassiterita, uma arma de fogo e 20 munições não deflagradas, uma serraria móvel do tipo Induspan, 18 motobombas, seis motosserras, nove motocicletas, uma balança de precisão e 1.000 litros de diesel. Além disso, 20 acampamentos utilizados por infratores foram destruídos, assim como uma ponte e mais de 5 km de mangueiras usadas na mineração ilegal.
Nove autos de infração foram lavrados, totalizando R$ 1.431.000 em multas, embargados 80 hectares de áreas onde ocorriam ilícitos e expedidas três notificações para a desocupação de áreas. Ao longo da operação, nove pessoas foram presas em flagrante delito e apresentadas à Polícia Federal, pela prática ou envolvimento em crimes ambientais federais, sobretudo o garimpo ilegal de cassiterita e ouro e exploração ilegal de madeira.
A ação integrada gerou prejuízo superior a R$ 2.350.000 ao crime ambiental organizado na região. A madeira apreendida na operação foi doada à prefeitura local e será convertida em benfeitorias em atendimento à sociedade. A operação foi coordenada pelo ICMBio e dividida em três fases, com a participação de mais de 30 agentes.