PARANÁ: “RIO VIVO” TEM META ATÉ 2026: REPOVOAR BACIAS COM 10 MILHÕES DE PEIXES.
1 de dezembro de 2024O programa de piscicultura do governo do Paraná é ambicioso. E caminha para ser completado até 2026: repovoar as bacias locais com 10 milhões de espécies como traíra, lambari, dourado e pintado. Já a partir deste novo ano, o programa ‘Rio Vivo’ vai promover a soltura de 2,6 de peixes em estágio juvenil. Na primeira etapa, entre 2021 e 2022, foram soltos 2,615 milhões de peixes.
As bacias contempladas com o programa são dos rios Iguaçu, Ivaí, Piquiri e Tibagi. O investimento programado é de R$ 557,8 mil neste segundo ciclo. Segundo Francisco Martin, superintendente geral das Bacias Hidrográficas e Pesca da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável – Sedest, os peixes soltos são em estágio juvenil de desenvolvimento, com maior índice de sobrevivência se comparado às solturas de alevinos.
Os peixes têm a medida certa. Não são pequenos demais para virarem presas dos predadores e nem grandes demais a ponto de perderem a capacidade de caçar.
O projeto Rio Vivo, segundo o Secretário da Sedest, Everton Souza, é uma parceria com o Instituto Água e Terra, executada pela SBHP a partir de 2021. O projeto prevê a conservação das principais bacias hidrográficas do Paraná, otimizando os usos da água e trabalhando na recomposição da ictiofauna e preservação dos ecossistemas locais.
EQUILÍBRIO DO ECOSSISTEMA
“O Rio Vivo é o maior trabalho de repovoamento de peixe na história do Paraná, um reconhecimento das nossas vocações hídricas e da pesca esportiva. Essas ações demonstram como o Paraná é referência em sustentabilidade”, destaca Francisco Martin.
Francisco Martin explica que a reinserção de peixes nativos nos rios, também chamada de repovoamento, garante o incremento e o desenvolvimento de espécies nativas das bacias, auxiliando na expansão populacional de espécies essenciais para o equilíbrio do ecossistema.
Francisco Martin: “A meta ambiciosa, soltura de 10 milhões de peixes. Mas será cumprida. Nosso cronograma está bem ajustado.” (Fotos: Sedest-PR)
“Estamos recuperando nossas bacias e dando um novo olhar para o Paraná, que tem essa vocação para pesca profissional e esportiva”, garante o superintendente. “São peixes que estão na medida certa para entrarem na natureza. Não são pequenos demais para virarem presas e não ficaram grandes demais a ponto de perderem a capacidade de caçar”.
Além das ações de repovoamento, a Superintendência Geral das Bacias Hidrográficas e Pesca (SBHP) é responsável por regularizar a atividade da pesca em todo o Estado. Entre as atribuições estão a regulamentação de áreas próprias e impróprias para a prática e prestar apoio para atividades de pesca esportiva, inclusive preparando atividades de educação ambiental para integrar a programação dos eventos, como plantio de mudas nativas, coletas de lixo e palestras com temática ambiental.
A presença e participação das populações ribeirinhas funcionam, também, como importante trabalho de conscientização ambiental.
Outro destaque é a colaboração com eventos de turismo de pesca, que atraem um grande número de pessoas todos os anos no Estado. Em setembro, com dois eventos, foram movimentados mais de R$ 1,5 milhão na economia de cidades da região Oeste e Centro-Sul do Paraná, de acordo com levantamento da superintendência. Nesses casos, é obrigatório que os peixes sejam devolvidos aos rios após as atividades.