Meio Ambiente

Projeto do Ibama monitora qualidade da água e do solo no Rio Grande do Sul

17 de dezembro de 2024

Iniciativa, realizada em parceria com a UFSM, busca avaliar os impactos das enchentes de 2024 na Bacia do Lago Guaíba

Assessoria de Comunicação do Ibama

Projeto de Monitoramento da Qualidade Ambiental do Solo e da Água

Projeto de Monitoramento da Qualidade Ambiental do Solo e da Água

Porto Alegre (16/12/2024) O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está liderando um projeto pioneiro de monitoramento da qualidade da água e do solo no Rio Grande do Sul (RS), em resposta às enchentes que o estado sofreu em maio de 2024. A iniciativa, desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e órgãos regionais, visa analisar possíveis contaminações causadas pela liberação de substâncias químicas em decorrência do desastre.

Ibama/RS - Maio de 2024
– Foto: Ibama/RS – Maio de 2024

O estudo, batizado de Projeto de Monitoramento da Qualidade Ambiental do Solo e da Água, tem como foco a Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba, que banha a capital Porto Alegre, e áreas vizinhas afetadas pelas enchentes. Seu principal objetivo é identificar a presença de poluentes no solo e na água, resultantes de atividades industriais e de postos de gasolina que ficaram submersos durante a catástrofe. A análise irá cobrir mais de 100 substâncias químicas que podem comprometer a saúde pública e o ecossistema aquático da região.

A ferramenta que ajudará nesse estudo é o mapeamento interativo lançado pelo Ibama, que será fundamental para otimizar a logística das coletas e divulgar os resultados de forma transparente para a sociedade. O monitoramento contínuo e a análise dos dados coletados irão permitir aos analistas do Instituto avaliarem a eficácia das políticas ambientais e, assim, criar estratégias para minimizar os riscos à saúde humana e ao meio ambiente do estado.

Medidas preventivas e orientações

O projeto, coordenado pelo Centro Nacional de Emergências Ambientais e Climáticas (Ceneac), o Núcleo de Prevenção e Atendimento a Emergências Ambientais do Ibama (Nupaem) e pela Coordenação de Registro e Informação sobre Remediação e Contaminação Ambiental (Cicam), ainda está em fase de levantamento de dados e de identificação das áreas mais contaminadas. Já a comunicação entre instituições e o governo do estado e dos municípios já está em fase adiantada de diálogo.

A depender dos resultados das amostragens, serão emitidas recomendações preventivas, incluindo a restrição do consumo de água em determinados pontos e/ou restrição da recreação temporária em lagos ou lagoas afetados.

No que diz respeito às indústrias particulares que operam na região, não há recomendações diretas até o momento, uma vez que a análise está em andamento. Caso seja identificada a contaminação associada a algum empreendimento, será necessário iniciar diálogos com as empresas e, em alguns casos, exigir medidas de monitoramento e de recuperação ambiental.

Assessoria de Comunicação do Ibama