Meio Ambiente

Bahia recebe 41 ararinhas-azuis, espécie que já foi considerada extinta na natureza

28 de fevereiro de 2025

Após período de adaptação em Petrolina (PE), animais agora estão em refúgio de vida silvestre em Curaçá (BA)

Assessoria de Comunicação do Ibama

 

Bahia recebe 41 ararinhas-azuis, espécie que já foi considerada extinta na natureza

– Foto: Divulgação Ibama/BA

Curaçá/BA (27/02/2025) – Depois de um período de adaptação no Instituto Federal Sertão Campus Petrolina (PE), as 41 ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii), vindas de um criadouro em Berlim, na Alemanha, já estão devidamente instaladas em seu novo lar: o Refúgio de Vida Silvestre da Arararinha-Azul, em Curaçá (BA). Elas chegaram ao Brasil em 28 de janeiro e após 20 dias foram transferidas para o sertão da Bahia. Todo o traslado foi coordenado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com anuência do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e apoio da Polícia Federal.

Psitacídeo endêmico brasileiro que foi considerado extinto na natureza na década de 1990, as aves chegaram para ampliar a população da espécie no território nacional. Agora, elas se juntam a outras 78 ararinhas-azuis que já vivem no país, sendo 40 em Curaçá, 27 no Zoológico de São Paulo e 11 em vida livre. O objetivo principal é adaptá-las às condições ambientais brasileiras para, futuramente, readaptá-las à vida livre na natureza.

Para 2025, está prevista a soltura de 20 espécimes que já estão em Curaçá. “Estávamos aguardando a vinda dessas 41 novas aves para manter a população de reserva soberana do Brasil e, assim, garantir a viabilidade de longo-prazo do programa de conservação dessa espécie”, explica a diretora de Biodiversidade, Flora e Fauna do Ibama, Lívia Martins.

Segundo Lívia, a liberação periódica de exemplares criados em cativeiro é essencial para que a população selvagem se recupere de maneira viável. “A continuidade e o crescimento do programa de reintrodução dependem da importação de mais ararinhas-azuis”, acrescenta.

O Programa das Ararinhas azuis conta com a colaboração de criadores parceiros do Brasil e de outros países. Em 2020, houve a repatriação de 52 ararinhas-azuis. Dessas, 20 já foram soltas na natureza.

Participação do Ibama

Como autoridade administrativa da Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagem em Perigo de Extinção (Cites), designada pelo Decreto n° 3.607/2000, o Ibama tem a atribuição de autorizar a importação e a repatriação de animais listados nos anexos do tratado. Além disso, o Instituto faz todo o acompanhamento da operação de transporte, da adaptação e da soltura dos animais, a fim de garantir a segurança, a saúde e o bem-estar dessas aves, em apoio ao ICMBio, coordenador do Programa.

Assessoria de Comunicação do Ibama