A PRÉ-HISTÓRIA DA EMBRAPA
1 de março de 2025Entrevista do professor José Pastore contou a pré-história da Embrapa e revelou bastidores, casos e nomes dos que fizeram a empresa pública que revolucionou a agropecuária brasileira. Conheça as mensagens da comunidade científica e de lideranças do AGRO sobre as revelações de Pastore.
JOSÉ PASTORE: REPERCUSSÃO DA ENTREVISTA
A Embrapa cumpriu, cumpre e cumprirá seu papel na modernização do agronegócio brasileiro. Buscando sustentabilidade, produtividade e ganhos reais na função social da terra, pesquisadores e gestores da empresa agora lutam para se desvencilharem das artimanhas políticas, artifícios corporativos e amarras orçamentárias. Prestes a completar 52 anos, em 26 de abril próximo, a Embrapa enfrenta novos desafios: a construção de um futuro promissor para a empresa, com adequações de gestão, de orçamento e de novas realidades tecnológicas como a Inteligência Artificial. O alicerce do futuro está em três frentes: sustentabilidade ambiental, setor energético e o da segurança alimentar.
“A entrevista do professor Pastore é histórica. Espetacular! O Brasil já foi melhor. Imagine se isto poderia ocorrer no Brasil de hoje?”
EX-MINISTRO ROBERTO BRANT
A entrevista do professor José Pastore, na edição de fevereiro da Folha do Meio, mais do que historiar como foram os oito anos que antecederam a implantação da Embrapa, trouxe um elo perdido na corrente de estudiosos e professores que conseguiram, em menos de uma década, tirar do papel uma ideia e sacramentar o projeto de lei para criação de uma sólida, eficiente e revolucionária empresa pública brasileira.
O surgimento da Embrapa não foi por acaso e nem da noite para o dia. Foi pensada e discutida por cientistas e pesquisadores brasileiros e norte-americanos, em várias universidades como a USP, a Universidade de Wisconsin (Madison), a Universidade de Purdue (Lafayette-Indiana), Agronomia de Viçosa, ESAL de Lavras e Luiz de Queiroz, em Piracicaba.
Os parteiros da Embrapa: na cabeceira, o ex-ministro Luiz Fernando Cirne Lima. Na esquerda dele, Ezelino Alonso de Araújo Arteche, Secretário Geral do Ministério, que redigiu os atos da criação da empresa e os levou ao Palácio do Planalto. Depois, o ex-ministro Reinholds Stephanes, Ivan Turgueneff Cajueiro, José Irineu Cabral, primeiro presidente da Embrapa, Ubirajara Timm, Eliseu Alves e Roberto Meireles do DNPEA.
O ex-deputado e ex-ministro Roberto Brant foi categórico: “A entrevista do professor Pastore é histórica. Espetacular! O Brasil já foi melhor. Imagine se isto poderia ocorrer no Brasil de hoje?
O próprio Eliseu Alves, 94 anos, que participou dos primeiros estudos, foi diretor de Recursos Humanos e presidente da Embrapa, se emocionou com a leitura da entrevista relembrando os primeiros encontros na Universidade de Purdue, em Indiana, e as primeiras reuniões na sede da ABCAR, no Rio de Janeiro. Salientou Eliseu Alves: “A memória não traiu meu amigo José Pastore. Ele lembrou de fatos e conversas que até eu já havia esquecido. Como foi bom ler e sentir a entrega intelectual das pessoas envolvidas em pensar, propor e ajudar na criação da Embrapa. Todos só tinham um objetivo: o bem do Brasil, modernizando sua agropecuária. Recebi com alegria muitos telefonemas e muitas mensagens. Há muito não falava como o ex-ministro Cirne Lima que foi peça fundamental nesse projeto. Vou falar a verdade. A emoção tomou conta de mim várias vezes e agradeço a Deus por reviver tudo isso aos 94 anos.”
Para conferir a entrevista de Pastore na edição de fevereiro, este é o link: < https://folhadomeio.com/2025/02/jose-pastore-conta-a-a-historia-da-embrapa-que-ninguem-contou-2/>
O advogado, empresário e conselheiro da OAB-MG, Manoel Mário de Souza Barros, presidente ALAGRO – Academia Latino-Americana do Agronegócio,
em mensagem de voz deu seu recado: “Essa entrevista teve repercussão nacional. Parabéns! Até a presidente da Embrapa postou no nosso grupo. Está lá também na “Rede Paolinelli”. Uma história viva contada em detalhes por quem foi pioneiro”.
Em destaque, algumas entre as muitas mensagens recebidas.
ONDE ESTÃO HOJE AS LIDERANÇAS
PARA A REIVENÇÃO DA EMBRAPA?
Uma outra mensagem muito consistente e profunda foi do economista José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho, do IPEA. Acabei por procurá-lo para ampliar seu comentário numa nova entrevista. Suas colocações são fortes, pelo conhecimento dos problemas e, sobretudo, pelos desafios que ele traz para os novos tempos da Embrapa, dos pesquisadores e dos produtores rurais.
Segundo o economista do IPEA, José Pastore chama a atenção para a
importância da formação de grandes lideranças capazes de pensar um modelo
de país e das instituições que vão transformar esse País. José Eustáquio
observa que a maioria das pessoas não compreende que o sucesso do modelo
da Embrapa esteve na capacitação das pessoas. Tanto antes e como depois da criação da empresa. Na sua opinião, grandes líderes, da estatura de Cirne Lima, José Pastore, Eliseu Alves, Aloysio Campello, Renato Simplício, Carlos Langoni, Delfim Neto, Reis Veloso e Alysson Paolinelli, entre outros, dentro e fora da Embrapa, foram capacitados em programas do governo e tomaram a si a tarefa de criar uma instituição exemplar capaz de viabilizar um modelo de desenvolvimento agrícola.
“Foram essas lideranças que garantiram a continuidade dos investimentos para a instalação dos campos experimentais e laboratórios em todo o país. E mais: criar programas de capacitação de cientistas para liderar e encontrar as soluções para a construção da Agricultura Tropical”, diz José Eustáquio e pergunta: onde estão as lideranças de hoje, de igual estatura, dentro e fora da Embrapa, capazes de imaginar e viabilizar os recursos para dar continuidade ao que chamou de “Revolução Agrícola Tropica?”
Não deixe de ler, nesta edição, a entrevista completa de José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho.
Para ler o artigo completo de Xico Graziano é só acessar o link:
https://www.poder360.com.br/opiniao/a-embrapa-pede-socorro/