Folha do Meio Ambiente

O livro “Efeitos dos usos do solo sobre insetos de ambientes aquáticos brasileiros”, sob coordenação da editora técnica e pesquisadora Kathia Sonoda, com contribuição de mais 37 autores, sintetiza as ações realizadas pelos grupos de pesquisa brasileiros que estudam os aspectos ecológicos dos insetos aquáticos. Visa fornecer um arcabouço histórico do conhecimento produzido no Brasil nos últimos 20 anos, quando os usos do solo e seus efeitos sobre a biota aquática começaram a ser analisados no país.

“O tema é atual e apresenta um grande desafio para os pesquisadores da área, já que a diversidade dos insetos aquáticos ainda é pouco conhecida e a sociedade questiona sobre informações avançadas, a exemplo dos serviços ecossistêmicos prestados e seus valores”, diz a editora técnica.

A obra lançada neste mês pela Embrapa Meio Ambiente (SP), apresenta no primeiro capítulo o estado de conhecimento produzido no país nestes 20 anos de pesquisas. Os capítulos seguintes foram divididos segundo os biomas, perceptível pela diferenciação da cor na chamada dos mesmos. O penúltimo capítulo apresenta as percepções futuras sobre o tema “usos do solo e insetos aquáticos”; enquanto que o fechamento do livro, no último capítulo, contém uma análise da atuação dos pesquisadores nas políticas públicas e os esforços para ampliar a inserção dos insetos aquáticos como indicadores em ações de biomonitoramento ambiental.

O livro atinge seu objetivo ao facilitar à comunidade científica brasileira a visualização de oportunidades a serem exploradas em diversas macro e microescalas, considerando-se regiões hidrográficas, biomas ou estados, sem esquecer dos estudantes de pós-graduação e seus orientadores, muitos dos quais contribuíram no material.

Também contempla o objetivo de instruir os estudantes no tema abordado, escrito na língua portuguesa para facilitar a leitura de estudantes de todos os níveis, como também fornecer subsídios às agências de fomento para futuros editais, pois ilustra a necessidade de estudos de longo prazo como também a necessidade de explorar regiões hidrográficas pouco estudadas. “Estas informações são primordiais para o adequado gerenciamento de unidades de conservação e para o estabelecimento de zoneamento ecológico-econômico satisfatório do ponto de vista humano, comercial e ambiental”, reforça Kathia.

O livro atende a cinco dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, a saber: ODS 4 (Educação de Qualidade); ODS 6 (Água Potável e Saneamento); ODS 12 (Consumo e Produção Sustentáveis); ODS 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima) e ODS 15 (Vida Terrestre).

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