Folha do Meio Ambiente

Campinas/SP (26/03/2025) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) acompanhou a chegada ao Brasil do chimpanzé (Pan troglodytes) Yoko, último exemplar do primata africano que vivia na Colômbia. Yoko desembarcou no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), nesta segunda-feira (24).

Ibama acompanha chegada do chimpanzé Yoko ao Brasil

O chimpanzé foi destinado pelo governo colombiano para o Projeto de Proteção aos Grandes Primatas (Projeto GAP), situado em Sorocaba (SP). Um exemplar macho de 37 anos, Yoko vivia desde 2018 no Bioparque Ukumarí, na Colômbia, após ser resgatado do tráfico internacional de animais silvestres. Há alguns meses, seus outros dois companheiros da mesma espécie que viviam no parque haviam falecido após fugirem do local, deixando-o sem pares. Os primatas do gênero Pan são muito sociáveis, formando clãs com até mais de 40 indivíduos na natureza. No santuário do GAP, em Sorocaba, ele poderá se juntar a um grupo com aproximadamente essa quantidade de chimpanzés.

Conforme certificado zoossanitário emitido pela autoridade colombiana, o qual foi verificado pela Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro/Mapa), Yoko está em boas condições de saúde, apesar da idade avançada para a espécie e da solidão enfrentada nos últimos meses.

Processo legal

Para permitir a entrada do primata no Brasil, coube ao Ibama analisar se o processo de importação seguiu as normas da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção (Cites). Com a apresentação ao Instituto da documentação solicitada, o Projeto GAP foi autorizado a trazer Yoko. Por meio de notificação e Termo de Compromisso, ficou determinado que o importador realize a leitura do microchip implantado no chimpanzé, etapa importante para a confirmação de que se trata do mesmo espécime citado nas licenças de exportação e importação, o que deve ocorrer nos próximos dias.

Yoko já está em seu novo lar, cumprirá quarentena sanitária e continuará sob a responsabilidade do Projeto GAP naquele estabelecimento, que é mantenedouro de fauna silvestre sob controle e fiscalização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do estado de São Paulo.

Assessoria de Comunicação do Ibama