Folha do Meio Ambiente

Nos últimos três anos, a Floresta Nacional de Carajás tem passado por uma série de melhorias em sua estrutura de recepção ao turismo, com investimentos em acessibilidade, segurança e conservação. O resultado aparece nos números, um salto de mais de 300% na visitação, impulsionando a economia local e abrindo as portas para que mais pessoas conheçam as belezas cênicas e a biodiversidade da região. 

Desde 2023, o Instituto Chico Mendes vem entregando obras estratégicas, como duas trilhas inclusivas, inauguradas em novembro do ano passado, e dois mirantes, o Mirante Flor de Carajás e o Mirante do Rio Azul, que oferecem vistas panorâmicas da floresta e das formações rochosas únicas da região. Em fevereiro deste ano, foi a vez do Campo de Refúgio da Canga, espaço com capacidade para até 60 pessoas, consolidando a Flona como um destino preparado para receber turistas com conforto e segurança. 

Além da infraestrutura, a gestão da unidade tem trabalhado na regulamentação de serviços turísticos, como a concessão de credenciamento para condutores e empresas de alimentação. Atualmente, 42 condutores estão autorizados a operar na floresta, com um novo edital em aberto para ampliar esse número. 

“Essas iniciativas estão movimentando a economia de Parauapebas e municípios vizinhos”, explica o analista Vitor Garcia. “Agências de turismo, hospedagens, restaurantes e comerciantes locais têm registrado aumento significativo na demanda, tudo impulsionado pelo fluxo de visitantes”. 

A Flona de Carajás abriga também as gigantescas minas de ferro da Vale, cuja operação em larga escala acaba se tornando um atrativo adicional. A magnitude dos equipamentos e das cavas abertas impressiona os visitantes, mostrando a coexistência entre conservação ambiental e atividade mineradora na região. 

A previsão é que mais três novos atrativos sejam inaugurados ainda esse ano, reforçando o papel da Flona como vetor de desenvolvimento sustentável. “Queremos que a sociedade conheça esse patrimônio natural, entenda sua importância ecológica e leve consigo uma consciência de preservação”, destaca Garcia.