Folha do Meio Ambiente

– Foto: Divulgação Ibama/SP

São Paulo/SP (09/04/2025) – Representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estiveram no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), em 3 de abril, para estreitamento de relações entre as duas instituições. O superintendente do Ibama em São Paulo, Fabio Buonavita, e comitiva foram recebidos pelo diretor do MZUSP, Prof. Dr. Marcelo Duarte, e pelo vice-diretor, Prof. Dr. Luís Fábio Silveira.

Fabio Buonavita (Ibama), Marcelo Duarte (MZUSP) e Luís Fábio Silveira (MZUSP)

Durante a reunião, foram abordados temas relevantes para a proteção da fauna brasileira, como a destinação adequada de materiais apreendidos em ações fiscalizatórias do Instituto e o potencial de utilização desses itens em atividades de conservação e educação ambiental. As instituições também abordaram o repasse de informações técnicas para subsidiar a tomada de decisões e a importância de uma maior integração institucional para otimizar os esforços em defesa da biodiversidade.

A equipe do Ibama teve a oportunidade de conhecer as instalações do Museu e receber uma apresentação detalhada sobre seu histórico, áreas de atuação e o vasto acervo, considerado o maior em número de espécimes da América do Sul.

O Museu de Zoologia da USP destaca-se como uma instituição líder mundial em estudos sobre a fauna neotropical. Muitas de suas coleções são as maiores e mais representativas do planeta sobre a fauna brasileira, sendo indispensáveis para pesquisadores que buscam entender os padrões e processos que moldaram a ampla biodiversidade do país.

Com liderança científica reconhecida internacionalmente, tanto por seus acervos, iniciados na segunda metade do século XIX, quanto pela qualidade da pesquisa desenvolvida por seus docentes, curadores e estudantes, o MZUSP abriga milhões de espécimes, que documentam principalmente a fauna brasileira dos últimos 120 anos. Distribuídos nos serviços de Vertebrados, Invertebrados e Entomologia, esses exemplares coletados em todos os biomas representam uma fonte de dados sem paralelo para responder a variadas questões sobre especiação, evolução e outros temas relevantes para a sociedade contemporânea.

No fim do encontro, foi lavrado o depósito de um cocar apreendido pelo Ibama durante uma ação de fiscalização nos Correios. A peça, que tinha como destino Estocolmo, na Suécia, era composta por 105 penas de araras, sendo 104 de arara-vermelha-grande (Ara chloropterus) e uma pena da cauda de arara-vermelha (Ara macao). Ambas as espécies de psitacídeos são protegidas por leis brasileiras e internacionais, e seu comércio internacional é regulamentado pela Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites).

A iniciativa representa um passo importante para fortalecer a colaboração entre o Museu de Zoologia da USP e o Ibama, unindo esforços para a conservação da rica biodiversidade brasileira e para a conscientização da sociedade sobre a importância da proteção da fauna.

Assessoria de Comunicação do Ibama