MMA promove oficina para fortalecer ações destinadas à Caatinga com diferentes setores da sociedade
28 de maio de 2025Proposta mapeou áreas prioritárias, ações estratégicas e diretrizes para fortalecer o desenvolvimento sustentável do bioma

A iniciativa reuniu integrantes do governo federal e dos estados do Piauí, Pernambuco e Bahia, além de representantes da sociedade civil e academia. – Foto: Malu Kamaiurá
O Ministério do Meio Ambiente Mudança do Clima (MMA) realizou, nos dias 26 e 27 de maio, uma oficina para debater a conservação e o uso sustentável da Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro e ameaçado. Realizado em Petrolina (PE), o evento reuniu cerca de 70 representantes, entre integrantes do governo federal e dos estados do Piauí, Pernambuco e Bahia, além de representantes da sociedade civil e academia.
A oficina promoveu um espaço de diálogo multissetorial, com a participação de organizações de base comunitária, instituições de ensino superior e pesquisa, gestores de unidades de conservação (UCs), órgãos ambientais estaduais e municipais, além de organizações da sociedade civil atuantes na região do Vale do São Francisco, no coração da Caatinga.
O debate foi realizado no âmbito do projeto GEF Conecta Caatinga. A iniciativa é coordenada pelo MMA, por meio da Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais (SBio), e tem o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) como agência implementadora e o Instituto Internacional para Educação do Brasil (IEB) como parceiro na fase de detalhamento da proposta técnica.
“O Conecta Caatinga é uma oportunidade de pensar a conservação da biodiversidade de forma integrada, respeitando as especificidades territoriais e o protagonismo das comunidades locais. Esta oficina nos permitiu construir coletivamente caminhos para a implementação do projeto, ouvindo quem conhece o território e vive nele,” destacou o chefe de gabinete da SBio, Carlos Eduardo Marinelli, que também é responsável por supervisor os projetos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) na secretaria.
A proposta foi mapear áreas prioritárias, ações estratégicas e diretrizes para as salvaguardas socioambientais de execução do projeto, bem como fortalecer a articulação entre os atores regionais.
Com aportes de aproximadamente R$ 30 milhões para um período quatro anos, o projeto deverá promover a conexão entre áreas protegidas por meio de corredores de vegetação, povos e águas da Caatinga, com base em ações de governança territorial, conservação e manejo colaborativo de ecossistemas, inovação em políticas de gestão e sustentabilidade, e produção verde baseada no agroextrativismo.
O projeto será executado em uma área de elevada importância ecológica e cultural, banhada pelo rio São Francisco, incluindo áreas protegidas, territórios tradicionais e áreas privadas da agricultura familiar.